E-commerce precisa elaborar uma base de dados bem estruturada e atualizada. (TransUnioin/Divulgação)
Bússola
Publicado em 16 de outubro de 2021 às 10h00.
O cenário atual de compras está dominado pelo comércio eletrônico, que passou a ser o principal meio de aquisição dos consumidores após a pandemia de covid-19. Segundo dados da Ebit Nielsen, empresa de consultoria, em 2020 houve um crescimento de 41% no faturamento das vendas online, enquanto em 2021, apenas no primeiro semestre, elas faturaram cerca de R$ 53,4 bilhões.
E, com a aproximação da Black Friday, os lojistas já estão começando a se preparar para as vendas da data, que devem alcançar números ainda mais impressionantes este ano: de acordo com um estudo da Méliuz, startup de cashbacks, aproximadamente 72% dos entrevistados afirmaram que irão comprar algum produto no período.
Uma das grandes preocupações do comércio é com relação às tentativas de fraude online, que acabam gerando enormes prejuízos para o varejo. Na Black Friday do ano passado, a taxa de tentativa de golpes com relação ao total de pedidos no comércio eletrônico ficou em 1,36%, o que correspondeu a 2,72% do faturamento na data, como aponta o balanço feito pela Konduto, empresa de antifraude para pagamentos online.
Pensando nisso e em como é essencial que os lojistas adotem soluções que impeçam o sucesso dos criminosos virtuais, a Bússola junto à Konduto separou alguns erros que precisam ser evitados para que as fraudes sejam barradas com eficiência.
Não entender bem o seu próprio negócio
Um dos pontos mais importantes e primordiais para o êxito desse sistema é que ele esteja configurado de forma adequada para barrar os golpes daquele negócio especificamente. Antes de definir quais as regras a serem seguidas para verificar se os pedidos são legítimos ou se estão sendo realizados por criminosos virtuais, é preciso entender exatamente quais os objetivos, prioridades e o segmento ao qual o e-commerce pertence. Ou seja, quais são as suas particularidades.
“Características como a logística das entregas e as formas de pagamento disponíveis mudam de uma loja para a outra, dependendo do tipo de produto comercializado, onde ela está localizada e a quais serviços de entrega tem acesso. Alguns segmentos pedem por uma análise de compra mais rápida, enquanto outros têm mais fôlego para lidar com uma revisão um pouco mais demorada e cautelosa”, afirma Tom Canabarro, CEO e cofundador da Konduto.
Não conhecer os clientes
Outro passo fundamental para o sucesso da análise de fraude é conhecer os consumidores e entender o seu padrão de comportamento. Para Tom, apenas partindo desse princípio é possível assegurar uma revisão mais efetiva e certeira, que consiga observar padrões e identificar atitudes destoantes para, então, evitar grandes perdas e aumentar as taxas de conversão, maximizando o faturamento daquele negócio.
Não saber utilizar as informações
Porém, de nada adianta conhecer o público, mas não saber como utilizar as informações obtidas sobre ele.
“É preciso reunir todo esse conhecimento e elaborar uma base de dados bem estruturada e atualizada, que contenha todas as informações necessárias daqueles que estão realizando compras na plataforma. Mas só isso não é suficiente: a efetividade do sistema também depende do domínio das ferramentas por parte de uma equipe especializada, capaz de fazer a leitura dos dados e atuar de forma ágil”, diz o especialista.
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