Funcionária da Techint vestindo uniforme desenvolvido para gestantes (Techint/Divulgação)
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Publicado em 18 de março de 2025 às 07h00.
Última atualização em 18 de março de 2025 às 10h54.
De cada 10 indústrias brasileiras, seis já contam com programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desses, 61% afirmam manter essas iniciativas há mais de 5 anos.
Nos últimos anos, essa postura se tornou padrão e é o principal fator para crescimento da presença feminina em setores tipicamente masculinos, como indústria, construção civil e logística.
As mulheres correspondem a apenas um quarto da força de trabalho da indústria nacional. No setor da construção civil, dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam um aumento de cerca de 23% na presença feminina desde 2018.
Para Ivani Silveira, Vice-presidente de Recursos Humanos da Ternium Brasil, é preciso pensar na continuidade de suas carreiras, e isso se faz dando motivos para que elas queiram ficar.
“Isso significa oferecer suporte e flexibilidade em momentos-chave, como maternidade, e promover oportunidades reais de desenvolvimento profissional. A inclusão vai além da contratação; é sobre construir um espaço onde elas se sintam apoiadas, reconhecidas, respeitadas e motivadas a crescer”, explica.
Ouvimos empresas dos setores em questão e, abaixo, listamos algumas das iniciativas de maior destaque
A siderúrgica Ternium conta com o Maternity Mentoring, que oferece suporte a gestantes e seus gestores para garantir um retorno mais estruturado.
Completando, o Programa Primeiros Passos apoia desde a notícia da gravidez até os primeiros anos da criança, incluindo isenção de coparticipação em exames e auxílio na compra de fórmulas infantis.
No caso da Techint E&C, a demanda real por uniforme para gestantes foi atendida recentemente, promovendo um ambiente de trabalho mais inclusivo.
A empresa também criou salas de apoio à amamentação, com lactários nas sedes e projetos, possibilitando a inclusão da mãe lactante.
O Conselho de Administração da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, é majoritariamente feminino – de seus 12 membros, 7 são mulheres.
Por conta disso, a empresa foi reconhecida com o Selo WOB (Women on Board), concedido a organizações que contam com mais de duas mulheres em seus Conselhos de Administração.
“Esse fato também nos levou a ser destaque na 7ª edição do Prêmio de Liderança Feminina, concedido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na categoria ‘Empresa Comprometida com Lideranças Femininas’”, destaca Silvia Cabral, diretora de Regulação, Comercialização e Sustentabilidade da empresa.
Em 2023, projetos voltados à qualificação de profissionais da região aumentaram o espaço para mão de obra feminina, com um crescimento de 17% no quadro de funcionárias em relação ao ano anterior
Para atrair, engajar e incluir mulheres no setor ferroviário, a Rumo tem programas como o Elas Movimentam, grupo de afinidades focado em ações de acolhimento e equidade de gênero; e o Mulheres em Movimento, programa de capacitação que inspira as colaboradoras a lidarem com os desafios do mundo corporativo.
Outro programa de destaque é o Elas Constroem, baseado em rodas de conversas voltadas para as profissionais da operação. Já para as futuras profissionais, a empresa oferece o Curso da Escola de Manobra, que qualifica pessoas do gênero feminino para atuarem como manobradoras dos trens da companhia.
Com essas iniciativas, a Rumo elevou significativamente o número de mulheres na liderança, chegando a 30%, sendo duas delas em cargos C-Level.
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