Blockchain entra no movimento a favor do meio ambiente (blackdovfx/Getty Images)
Bússola
Publicado em 22 de setembro de 2022 às 11h30.
Por Claudio Olimpio*
O mundo pós-revolução industrial é marcado por avanços tecnológicos e pelo desenvolvimento econômico. Mas, ao longo dos tempos, estes termos acabaram sendo associados à exploração do meio ambiente. Muitas vezes, com uma certa razão, pois entre a corrida do ouro no Brasil, nos séculos XVII e XVII, à web 4.0, houve muito mais preocupação com o produzir (independentemente de como), do que em cuidar e preservar.
Mas, esta dinâmica pode mudar. Vivemos um momento de emergência climática no mundo, em que a preservação do meio ambiente pauta os diálogos, debates e também a produção industrial e/ou econômica. O ESG dá às cartas para grandes empresas e já não é possível pensar em modelos econômicos destinados unicamente a absorver e retirar do meio ambiente. Um exemplo, é a chegada dos primeiros carros elétricos ao mercado, em uma tendência cada vez mais dominante. Com tantos atores sociais lutando por melhorias no meio ambiente, na blockchain esse movimento não poderia ser diferente.
Para ajudar a preservar o meio ambiente e garantir um ativo financeiro aos envolvidos, nesta que deve ser a luta do nosso século - a preservação do planeta e de seus recursos naturais -, a Dax Green lançou, em setembro, o Greener - um token verde cujo o principal objetivo é financiar projetos de desenvolvimento sustentável e de preservação do meio ambiente.
O token transcende a simples ideia de um ativo digital em uma plataforma que oferece para empresas o Token de Preservação Greener (TPG). No caso do Greener, cada TPG representa serviços de conservação na Floresta Amazônica já em execução. Ele ainda garante a preservação de 106 mil hectares de florestas nativas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, em que vivem mais de 1.700 espécies de animais em um vasto bioma.
É muito mais que colocar o ESG no marketing de uma companhia, o Greener ajuda, de forma direta, a evitar o desmatamento e a degradação da florestal fazendo com que empresas impulsionem e se envolvam cada vez mais nesse caminho sustentável, reduzindo o impacto que foi causado no meio ambiente. Tudo isso, aliado a uma tecnologia que coloca uma “camada de segurança” no ativo de carbono, torna o processo mais rápido, seguro e rastreável. E para formalizar esse processo de transformação, a empresa investidora ganhará um selo e um certificado que comprovará a compensação com o Greener.
Uma lição de que investir e pensar no meio ambiente e nos meios sustentáveis é investir no mundo, na sociedade e, automaticamente, no desenvolvimento.
* Claudio Olimpio é publicitário e CEO da DaX
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