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CEO do festival Cannes Lions elogia indústria nacional e aponta 5 insights para o futuro

Na edição de 2023 do festival o Brasil foi reconhecido com 92 prêmios em diferentes categorias

O CEO Simon Cook em palestra organizada pelo Estadão (Bússola/Bússola)

O CEO Simon Cook em palestra organizada pelo Estadão (Bússola/Bússola)

Aquiles Rodrigues
Aquiles Rodrigues

Repórter Bússola

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 21h37.

Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 21h38.

“O Brasil está em uma trajetória brilhante”, afirma Simon Cook, CEO do Cannes Lions, maior festival internacional de criatividade do mundo. Na edição de 2023, a indústria nacional recebeu 92 Leões, incluindo um Titanium, dois Grand Prix e 11 de Ouro. Na última segunda-feira, 9, o executivo veio a São Paulo para uma palestra exclusiva. 

O evento foi organizado pelo grupo Estadão, representante oficial do festival há 23 anos. Nele, Cook realizou o tradicional “Cannes Lions Official Digest”, uma apresentação na qual detalha as principais tendências, temas e previsões para o futuro da comunicação

Para os convidados, o palestrante falou sobre cinco pontos para impulsionar a construção de marcas, obtidos a partir da análise extensiva de todos os conteúdos da 70ª edição do evento realizada pela LIONS em conjunto com a WARC, parceira especializada em análise de dados. 

5 pontos para impulsionar a construção de marcas:

  • Redefinindo Impacto: aspecto que se refere ao entendimento da diferença de resultados imediatos e impacto a longo prazo;
  • Diferencial:  "Você precisa fazer o que os outros não fazem", Cook disse ao se referir ao exercício de pensar na contramão das tendências, gerando ideias inovadoras;
  • Jogadas Práticas: ponto que se refere a brincadeiras, a se aproveitar de brechas e a formas criativas de colocar sua marca nos holofotes. Neste, ele deu um exemplo de uma ação da Volkswagen, que colocou anúncios de procura de profissionais em carros quebrados, destinados à garagens de competidores;
  • Destreza em Dados: sobre o uso de dados de maneira criativa, com foco no uso deles para a contação de histórias;
  • Entretenimento em Evolução: por fim, Cook falou sobre a utilização do storytelling não só em campanhas de branding, mas também em produtos. A ideia é procurar por histórias e criar a mesma conexão que é criada em campanhas de marca. Ele também falou sobre o humor nas estratégias com o consumidor, e revelou dados que apontam que 90% da audiência tem maior chance de clicar em um anúncio, se ele for engraçado.

Capacitação em inteligência artificial

Cook também reconheceu um dos assuntos mais discutidos na atualidade. Segundo ele, a inteligência artificial pode ser utilizada em várias áreas e tem muito potencial, contanto que tenha a criatividade humana sob seu controle. 

“Nós não devemos utilizar IA para criar coisas medianas. Quem gostaria de se especializar em mediocridade? Quanto mais utilizamos IA, mais arriscamos a criação de trabalhos medianos. É uma jornada rápida até o fundo do poço.”, recomendou ele. “Por isso a direção humana é tão importante. Só nós podemos decidir o que é bom e o que não é”, completa.

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