Ser referência exige dedicação e honestidade (foto/Thinkstock)
Bússola
Publicado em 23 de novembro de 2022 às 15h00.
Love, love, love, love! Quem não quer ser amado? No mundo do marketing, o sonho de toda empresa é poder ser reconhecida como uma love branding ou uma lovemark, mas não bastam coraçõezinhos vermelhos clicados nos posts e stories para que isso aconteça.
Na tecla SAP do marketês, vamos traduzir esse “love” por algo muito mais próximo de reputação ou reconhecimento antes que ele se transforme, efetivamente, em amor. Parece estranho, mas não é tão complicado.
Antes, porém, vamos lembrar que branding não é simplesmente “marca”, mas sim, a estratégia de gestão da marca para que ela seja percebida e lembrada pelos consumidores de forma positiva.
Investir em branding é ir além das características e funcionalidades do seu produto ou serviço. É mostrar para o seu cliente a experiência que só você é capaz de proporcionar. O que tem de único, intangível, e pelo qual o consumidor pode se dispor a pagar um pouco (ou bastante, dependendo do caso) a mais.
Um exemplo clássico é o iPhone. Por que será que o produto da maçãzinha, mesmo tendo concorrentes melhores do ponto de vista técnico e mais baratos, continua sendo o objeto de desejo de tanta gente? Repare na marca de celular utilizada pelas pessoas bem sucedidas em filmes. Eis um caso de construção de marca excepcional.
A identificação de uma marca vai muito além de um símbolo, uma logo, cores, formas, slogans, tudo é interpretado pelo cérebro humano ajudando a gerar conexão. Além de ajudarem a transmitir o que sua marca é!
Aposto que você é capaz de citar, sem piscar, pelo menos meia dúzia de marcas tão bem identificadas com o público, que viraram verdadeiros sinônimos dos produtos que vendem, como Maizena, que na verdade é só uma entre dezenas de marcas de amido de milho; ou Band-Aid, que é mais uma marca de curativos adesivos.
Já tem algum tempo que as marcas se sentem pressionadas a se posicionarem, a dizer o seu propósito no mundo, além de vender produtos e serviços. Mas isso requer esforço genuíno e honestidade.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e a consultoria Cause neste ano, mostra que 48% dos entrevistados preferem produtos de empresas que apoiam causas – em 2019, esta mesma pesquisa apontou um total de 38%. Não adianta tentar se aproveitar das datas comemorativas, mudar o símbolo nas redes sociais em prol de alguma causa se não existir nenhuma ação efetiva naquele sentido dentro da empresa. É cada vez mais fácil para o consumidor saber o que acontece no dia a dia das companhias.
Lembre-se, fazer uma boa gestão de marca é ser honesto com o seu público. Uma estratégia de branding eficiente tem a missão de gerar identificação dos consumidores com o negócio de forma genuína e, consequentemente, influenciar na decisão de compra.
*Carolina Fernandes é CEO da Cubo Comunicação, palestrante, especialista em marketing & comunicação, com mais de 20 anos de atuação passando pelas áreas de assessoria de imprensa, agência de marketing e mundo corporativo.
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