Empresas ainda buscam solução para manter mães no mercado de trabalho (MoMo Productions/Getty Images)
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Publicado em 12 de maio de 2023 às 11h14.
Última atualização em 12 de maio de 2023 às 16h55.
Por Camile Just*
Dados de uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, publicados pela revista Exame, revelam que uma em cada três mulheres com filhos na fase da primeira infância estão pensando em dar um "downgrade" em suas carreiras ou pedir demissão. Considerando que as mulheres representam quase metade da força de trabalho no mercado profissional brasileiro, é possível compreender o tamanho do impacto que essa decisão pode ter para as empresas em termos de resultados financeiros.
Diante desse cenário, muitas empresas têm buscado soluções para evitar que as mulheres deixem o mercado de trabalho. Entre as iniciativas mais populares estão as jornadas flexíveis e o trabalho híbrido. Há também projetos inovadores, como o "job sharing", implementado pela Unilever, onde duas executivas dividem o mesmo cargo, trabalhando apenas três dias na semana e em um deles trabalham juntas para garantir o alinhamento ou até a polêmica inclusão de congelamento de óvulos nos benefícios corporativos.
Outra opção, porém, tem se tornado cada vez mais atraente para as mulheres: as carreiras digitais. Diferentemente do mercado de trabalho tradicional, as carreiras digitais permitem a utilização de conhecimentos e habilidades pré-existentes ou têm uma curva de aprendizado média. Por meio de profissões como a de assistente virtual é possível trabalhar por conta própria, em casa, e assim, ser mais presente na educação dos filhos, além de proporcionar às mulheres terem mais flexibilidade em seus horários de trabalho. Outra grande vantagem é o aumento nos rendimentos, já que a média de faturamento nessas carreiras costuma ser maior do que as tradicionais.
A integração entre vida pessoal e realização profissional chegou para mim quando saí do mercado de trabalho tradicional e criei meu próprio trabalho digital. Me possibilitou inclusive aumentar a família. Depois de conquistar a estabilidade trabalhando pela internet decidi ser mãe novamente (e duas vezes) aos 40 anos e pude dar à minha família o mais importante: minha presença, sem sacrificar a minha carreira. A maternidade não precisa significar o fim da realização profissional. Pode ser a impulsionadora de novas possibilidades.
*Camile Just é head de Produto na escola de marketing e negócios digitais O Novo Mercado
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