Pandemia força transformação digital que se manterá para posterioridade (Tang Ming Tung/Getty Images)
Bússola
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 14h04.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
A transformação digital forçada por conta da pandemia, fez com que o investimento em tecnologia aumentasse e desse espaço ao formato online para realização de eventos, reuniões de trabalho ou com amigos, conferências, palestras e até salas de aula. Para isso, empresas de todos os setores foram pressionadas a criar experiências utilizando novas tecnologias, que se tornaram importantes agentes de enfrentamento neste período.
Mudanças importantes aconteceram nos mais diferentes setores. Grandes companhias aderiram ao home office permanente, como a XP que criou o XP Anywhere onde os colaboradores podem trabalhar de qualquer lugar, independentemente da volta à normalidade.
Os consumidores também se adaptaram à digitalização de seus comportamentos, sendo mais receptivos em relação aos serviços digitais e o setor de eventos, um dos mais afetados, também buscou por soluções inovadoras. Drive-in, lives e outras iniciativas foram criadas para a adaptação a um novo formato que passou a utilizar plataformas digitais e transmissões remotas.
Com o avanço das vacinas, surge uma nova abertura para eventos presenciais e os chamados híbridos que já entraram no radar de muitas empresas.
Eventos híbridos são uma combinação de programações virtuais com experiências presenciais. Um exemplo comum é quando uma palestra com plateia é transmitida pela internet e o público online ainda tem a oportunidade de enviar suas perguntas ao palestrante. Ou quando o palestrante fala virtualmente e a plateia interage com ele por meio de um mediador presencial.
Congressos em outros países também são outro bom exemplo. Para participar de um congresso fora do Brasil, a pessoa tinha que investir em passagem aérea, estadia, alimentação e ingresso. A adesão ao híbrido facilitou para esse público além da ampliação do número de participantes.
Para se ter uma ideia de como esse modelo já está sendo colocado em prática, a quarta edição do Startup Summit 2021, do Sebrae, marcará a retomada de seus eventos com transmissão ao vivo pelo site. Há duas opções de ingressos: somente digital ou digital + presencial. Quem optar pelo modelo digital, poderá assistir aos conteúdos, ao vivo, disponíveis nos dias do evento.
Uma plataforma de eventos virtuais criada em 2019 chamada Hopin, em Londres, arrecadou mais de US$ 1 bilhão em 2020 e promete investir ainda mais em novas tecnologias e pacotes de produtos.
A lista de investimentos inclui um provedor de hospedagem de vídeo, um estúdio de streaming de vídeo, a compra da Jamm, empresa de tecnologia de vídeo e da Attendify, uma startup com ferramentas de marketing e engajamento de eventos, para futuros lançamentos de marketing de vídeo digital.
Eventos híbridos vieram para ficar, assim como as tantas mudanças que ocorreram durante a pandemia. É um formato que combina a experiência do presencial com o alcance e a conveniência de um evento virtual, o que permite que as empresas colham os benefícios de ambos, além de dar mais acesso para quem não tem a possibilidade de um encontro ao vivo. Abre-se um leque de oportunidades para além da amplitude da conexão.
O formato promete tornar a experiência ao vivo acessível a todos.
A adoção de uma plataforma de eventos híbrida amplia o engajamento e a participação de mais pessoas se for utilizada com um planejamento focado em ambos os públicos, com um tratamento igual para o formato presencial e virtual. Essa prática deve estar no planejamento de todas as empresas daqui para a frente.
O futuro pede mais inclusão, interação, acessibilidade e, acima de tudo, mais envolvimento com a inovação para que a adaptação aos “novos tempos” seja cada vez mais prática, fácil e versátil, atendendo a todos os públicos.
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*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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