(Shellphoto/Thinkstock)
Bússola
Publicado em 29 de outubro de 2021 às 07h00.
Última atualização em 12 de julho de 2022 às 13h32.
Um em cada 20 brasileiros tem baixa habilidade de decodificação e soletração e, por isso, dificuldades no reconhecimento preciso das palavras e na compreensão de texto. Déficits cognitivos com prejuízo à leitura caracterizam a dislexia, um transtorno específico da aprendizagem, de origem neurobiológica, que atinge de 5% a 15% da população mundial, segundo a Associação Americana de Psiquiatria.
Para compreender melhor os impactos que esse transtorno do neurodesenvolvimento gera na vida dos cerca de 10 milhões de brasileiros disléxicos e de seus familiares e identificar caminhos que ajudem a superar desafios e tornar a sociedade mais inclusiva, acaba de ser lançado um estudo inédito sobre o perfil da dislexia no país.
O mapeamento foi conduzido pelo Instituto ABCD, organização social com o propósito de promover projetos para melhorar a vida de pessoas com dislexia e outros transtornos de aprendizagem, em parceria com a Cisco, líder mundial em tecnologia da informação, e o Instituto IT Mídia, organização voltada para transformar realidades por meio da educação e da tecnologia.
A pesquisa revelou uma série de barreiras para o apoio e o desenvolvimento de quem sofre do transtorno no Brasil. Obstáculos que incluem diagnóstico tardio, falta de informação, carência de profissionais preparados para lidar com a questão nas redes públicas de saúde e de educação, e custo elevado para acompanhamento especializado. O estudo mostrou também que a situação se agravou ainda mais na pandemia, com quase 80% das famílias sem orientações no período para realizar as adaptações necessárias à rotina escolar.
O levantamento reforçou ainda a importância da tecnologia como aliada de estudantes com dislexia. Um dos recursos disponíveis é o EduEdu, aplicativo gratuito de alfabetização e reforço escolar, com soluções tecnológicas acessíveis, desenvolvido pelo Instituto ABCD.
Webinar promovido pela Bússola, na próxima quarta-feira, 3 de novembro, às 12h, vai debater os principais achados do mapa da dislexia no país e propor ações inclusivas capazes de efetivamente ajudar e acolher pessoas com transtorno específico da aprendizagem. Participarão do evento: Juliana Amorina, diretora-presidente do Instituto ABCD; Ana Luiza Navas, pesquisadora e professora de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Vitor Cavalcanti, diretor-geral do Instituto IT Mídia; e Gabrielle de Andrade, coordenadora do Grupo Mães do Brasil Dislexia. A moderação será feita por Rafael Lisbôa, diretor da Bússola.
Para assistir à live e enviar suas perguntas, inscreva-se aqui!
Siga Bússola nas redes: Instagram | LinkedIn | Twitter | Facebook | Youtube
Últimas lives:
Seguros e Previdência: impactos da pandemia e o futuro do setor
Raio-X do ESG nas empresas brasileiras: desafios e oportunidades