O ritmo de trabalho desse novo normal também tem contribuído para o desgaste emocional (Pikisuperstar/Freepik/Divulgação)
Bússola
Publicado em 24 de janeiro de 2022 às 07h00.
Última atualização em 12 de julho de 2022 às 13h32.
Em quase dois anos de pandemia, acumulam-se dores e perdas em todo o mundo. No Brasil, mais de 623 mil vidas se foram pela Covid-19 e pelo menos 24 milhões de pessoas contraíram a doença. As consequências também são sentidas na economia. As limitações impostas pelo coronavírus são uma ameaça constante à sobrevivência de empresas e empregos. Com a taxa de desocupação em alta e a escalada da inflação, os brasileiros têm enfrentado, junto com a crise sanitária, a perda de renda e do poder de compra.
Nesse cenário desafiador, há ainda um outro efeito sobre a saúde da população que talvez seja menos visível, mas muito nocivo. São as feridas emocionais abertas pela pandemia. Desde a chegada do novo coronavírus, especialistas têm alertado para o crescimento de transtornos psicológicos: angústia, desamparo, ansiedade, depressão, entre outros.
Pesquisa da SulAmérica, realizada pelo Instituto FSB, mostra que 53% dos brasileiros consideram que sua saúde emocional piorou no período. Seis em cada dez que se consultam hoje com psicólogos começaram a fazer terapia durante a pandemia. Segundo o levantamento, a busca por ajuda psicológica mais do que dobrou, e é fácil entender o porquê: são muitos os fatores de estresse, desde o medo da doença e a tristeza pela perda de pessoas queridas até os problemas econômicos e as mudanças na rotina pessoal e profissional.
O ritmo de trabalho desse novo normal também tem contribuído para o desgaste emocional. Novas e complexas demandas surgiram, os limites entre casa e trabalho ficaram confusos e o resultado é o aumento de casos de burnout, termo em inglês para descrever o esgotamento profissional. A síndrome, que acaba de ganhar uma descrição mais detalhada na Classificação Internacional de Doenças da OMS, precisa estar no radar das companhias e dos executivos, que devem garantir um ambiente menos estafante para todos. O Índice de Bem-Estar Corporativo nas empresas brasileiras, medido pelo Zenklub, atingiu apenas 49,25 em 2021, numa escala de 0 a 100, cujo ideal mínimo é de 78.
Como proteger, então, a saúde mental em tempos de Covid-19? Quais os cuidados para manter o equilíbrio emocional? Como as empresas podem estar mais próximas dos seus times, oferecendo todo tipo de suporte? E como saber quando é necessário recorrer à ajuda médica profissional? Em webinar promovido pela Bússola, na próxima quarta-feira, 26 de janeiro, às 12h, essas e outras questões serão debatidas por especialistas que vão dar orientações na busca por mais saúde e bem-estar. Participarão da live Clécio Branco, psicólogo e responsável pela Área Comportamental do Rituaali Clínica & Spa; Patricia Mello, médica e superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica; e Rui Brandão, médico e CEO do Zenklub. A moderação será feita por Rafael Lisbôa, diretor da Bússola.
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