"O alinhamento com os ODS oferece vantagens competitivas no mercado" (laddawan punna/Getty Images)
Advogado e CEO do New Law – Colunista Bússola
Publicado em 28 de março de 2024 às 07h00.
Em 2015, líderes globais reunidos nas Nações Unidas, na gestão do então Secretário-Geral Ban Ki-moon, adotaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda ambiciosa para erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar a prosperidade para todos até 2030.
Essa iniciativa surgiu como sucessora dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, refletindo uma visão mais ampla e integrada que reconhece a interdependência entre crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental. Os 17 ODS representam um chamado global para a ação, desafiando tanto países quanto empresas e demais organizações a contribuírem para um mundo mais sustentável e justo.
Em uma contagem regressiva para o ano de 2030, há uma corrida das nações pela tentativa de cumprimento dos objetivos. Não à toa, o lema da agenda do G20 para este ano de presidência do Brasil é “Building a just world and a sustainable planet”, ou seja, “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.
As estratégias de ESG (Ambiental, Social e Governança) estão cada vez mais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), refletindo o crescente reconhecimento das corporações sobre seu papel vital na promoção de um futuro sustentável. Essa sinergia entre ESG e ODS não apenas reforça o compromisso com práticas empresariais responsáveis, mas também abre novos caminhos para a inovação e o crescimento sustentável. Empresas líderes estão adotando essas metas globais como parte de sua visão estratégica, impulsionando mudanças positivas que transcendem os lucros, para incluir impactos socioambientais significativos.
Além da contribuição para um mundo mais justo e sustentável, o alinhamento com os ODS oferece vantagens competitivas no mercado, melhorando a reputação corporativa e fortalecendo o relacionamento com stakeholders. Podemos destacar alguns motores de estímulo dessa iniciativa como, por exemplo, o Índice Brasil ESG da B3, que procura medir a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade, e a adesão ao Pacto Global das Nações Unidas. A iniciativa privada, aliás, tem um papel crucial na implementação desses objetivos, desenvolvendo soluções inovadoras para desafios globais, como a mudança climática e a desigualdade social. Este compromisso não apenas atende à crescente demanda por responsabilidade corporativa, mas também antecipa as tendências do mercado, preparando as empresas para um futuro no qual a sustentabilidade é um pilar central dos negócios.
Investir em práticas alinhadas aos ODS e ESG é, portanto, uma estratégia crucial para empresas que buscam não apenas o sucesso econômico, mas também um impacto positivo duradouro no mundo. O engajamento com esses objetivos globais demonstra liderança, visão de futuro e um compromisso genuíno com o desenvolvimento sustentável, posicionando as corporações na vanguarda da inovação e da responsabilidade social.
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