Pesquisa foi realizada em parceria da Flash com a Think Work (Delmaine Donson/Getty Images)
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Publicado em 12 de junho de 2023 às 18h30.
Última atualização em 12 de junho de 2023 às 19h11.
No último mês, entrou em vigor o decreto n.º 10.854 de novembro de 2021 que alterou pontos importantes sobre as regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e benefícios corporativos. Com isso, o tema ficou ainda mais em voga e a Flash, plataforma para gestão de rotinas corporativas, em parceria com a Think Work, consultoria especializada em RH, realizou um estudo inédito sobre o assunto, cujo escopo contou com a participação de 140 empresas que, juntas, totalizam mais de 400 mil colaboradores.
O estudo identificou que 33% das empresas contratantes realizam algum tipo de consulta com seus colaboradores sobre qual fornecedor de benefício consideram ideal e que em 53% dos casos o principal fator levado em conta são as necessidades e satisfação dos empregados, mas que — na sequência — o preço final do contrato é o critério mais importante, com 47% de representatividade. Mesmo com o baixo percentual das empresas ao buscarem os colaboradores para ouvir sobre benefícios, as mesmas reconhecem o poder desta ferramenta para retenção e atração dos empregados.
Na média, 54% dos respondentes classificam como alta a importância de benefícios para atração em todos os níveis hierárquicos, com destaque para analistas pleno, sênior e especialistas com 59% de representatividade e para os níveis de gerência com 49%. Quando analisada a relevância para retenção de talentos, a média foi de 55% e os cargos de analista pleno e especialista (64%) e gerência (52%) se destacaram.
Para Alana Azevedo, CHRO da Flash, a importância dos benefícios dentro do ecossistema corporativo aumentou ainda mais nos últimos anos e as empresas precisam colocar os colaboradores como atores protagonistas na escolha sobre o fornecedor. “De um lado temos somente um terço das empresas conversando com os colaboradores sobre o tema e uma alta representatividade do quesito valor do contrato como relevante para a decisão, do outro, temos candidatos e colaboradores indicando que um pacote de benefícios que mais se encaixa a suas reais necessidades os fazem ficar ou escolher por uma determinada empresa, essa equação precisa priorizar o empregado e como ele se relaciona com as companhias”, afirma.
A pesquisa questionou sobre quais áreas participam da definição do fornecedor de benefícios e entre aquelas com maior representatividade estão a área de recursos humanos (93%), jurídico (60%), financeiro (58%) e compras e suprimentos (34%).
Dentro deste contexto, 63% das discussões chegam a um consenso entre os setores, nos 37% restantes — onde não se há esse alinhamento integral — 23% dos respondentes indicaram que a seleção ocorre por maioria de votos entre as áreas participantes e em 15% a equipe com o poder de decisão final é quem elege o parceiro.
Entre as áreas com a palavra final sobre o tema, temos o RH com 63% de representatividade, seguido pelo jurídico (18%) e financeiro (6%). As empresas onde a área de recursos humanos não é o decisor final foram questionadas sobre quais as motivações que levam outro setor a ter esse poder; em 28% dos casos o orçamento foi a base da decisão, seguido do processo de licitação (22%) e, por fim, em 15% dos casos, para que não existisse uma decisão enviesada.
Para a CHRO da Flash, esse cenário reforça que o RH se mantém em seu papel essencial para a decisão, mas que as empresas precisam ponderar a relevância do fator financeiro dentro do tema. “O ecossistema das empresas necessita dessa colaboração entre áreas, mas também é necessário levar em consideração quanto os benefícios impactam a relação do colaborador com a companhia. O fator primordial deveria levar em consideração a estratégia e cultura da empresa alinhada com atração e retenção de talentos, no qual os benefícios flexíveis tem enorme impacto ao atendê-los dentro de suas necessidades como trabalhador”, diz.
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