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Batalha contra a covid-19 é maratona, não corrida de 100 metros

Coluna de Alon Feuerwerker destaca que início da vacinação produz alívio de momento, mas os cuidados precisam continuar

Teresinha Conceição recebe a vacina contra o coronavírus Sinovac (COVID-19) na estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil, 18 de janeiro de 2021.  (Ricardo Moraes/Reuters)

Teresinha Conceição recebe a vacina contra o coronavírus Sinovac (COVID-19) na estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil, 18 de janeiro de 2021. (Ricardo Moraes/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 19h25.

O início da aplicação de vacinas anti-covid-19 no Brasil e mundo afora vai abrir uma janela de oportunidade para responder a certas perguntas ainda em aberto. Mas, para isso, precisaremos esperar pela vacinação em grande escala, o que ainda vai levar alguns meses.

Uma coisa é certa: as vacinas reduzem o número das pessoas que adoecem, e, por isso, também reduzem o número das que morrem. Só por isso já valem a pena. Quando tivermos um grande número de vacinados saberemos medir melhor o efeito. Então que se vacine o maior número possível.

Vamos torcer também para as recentes mutações do vírus, para formas mais contagiosas, estarem cobertas pela capacidade protetora das vacinas produzidas a partir do vírus "velho". Se isso for confirmado, teremos evitado um problemão.

A largada da vacinação produz compreensivelmente um alívio de momento. Mas, com o tempo, a realidade vai acabar impondo-se. Há ainda muitas perguntas no ar e novas certamente vão aparecer conforme o andar da carruagem. Elas devem ser um estímulo para a ação, não para a inação.

E os cuidados precisam continuar. Isso é maratona, não corrida de cem metros.

*Analista político da FSB Comunicação

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