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Agentes de IA: 4 pontos de impacto que serão sentidos pelas agências de marketing

Nova inteligência artificial não se limita a responder a comandos, tomando decisões e executando ações de maneira autônoma

Se utilizada de maneira correta, a AI Agent não será uma ameaça, mas uma aliada poderosa (Midjourney 5.2/Freepik)

Se utilizada de maneira correta, a AI Agent não será uma ameaça, mas uma aliada poderosa (Midjourney 5.2/Freepik)

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Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 15h00.

A AI Agent (agentes de IA) é uma tecnologia de inteligência artificial que não se limita a responder a comandos. Ela é projetada para tomar decisões e executar ações de maneira autônoma, trabalhando proativamente para atingir metas, aprendendo com o ambiente e se adaptando conforme necessário.

De acordo com o Panorama de Marketing e Vendas 2024 da RD Station, 55% dos profissionais de marketing no Brasil já utilizam a inteligência artificial em suas atividades diárias. Especificamente, as agências de marketing lideram essa adoção, com 71% utilizando IA em estratégias de marketing e 67% em processos de vendas. 

A adoção da AI Agent promete transformar profundamente o funcionamento das agências. Convidamos o CEO da IDK, consultoria com foco em tecnologia, design e comunicação, Eduardo Augusto para destacar os principais impactos:

1. Personalização em escala: 

A capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real permite criar mensagens altamente personalizadas para diferentes públicos, aumentando a relevância das campanhas e melhorando a experiência do cliente.

2. Eficiência operacional:

Ao assumir tarefas repetitivas, como otimização de palavras-chave ou ajustes em campanhas de mídia paga, a tecnologia libera as equipes para se concentrarem em iniciativas criativas e estratégicas.

3. Decisões baseadas em dados: 

Com a habilidade de interpretar insights complexos, a AI Agent pode identificar tendências e recomendar ações informadas, permitindo que as agências antecipem demandas do mercado.

4. Cocriação de conteúdo: 

Desde textos até imagens e vídeos, a AI Agent pode acelerar processos criativos e trazer novas ideias para campanhas, atuando como uma parceira no processo de criação.

Eduardo também destaca que essas mudanças exigem uma rápida evolução nas habilidades dos profissionais. Essa nova dinâmica exige um mindset de evolução contínua e as empresas que incentivarem esse tipo de mentalidade estarão sempre à frente.

“Antigamente, treinava-se alguém para uma função que durava uma década ou mais. Hoje, o ciclo de aprendizado é muito mais curto, e as pessoas precisam se atualizar constantemente, com intervalos de no máximo cinco anos. Habilidades como aprendizado rápido e adaptação à tecnologia serão mais valiosas do que o conhecimento técnico em si.”

Quem vai fiscalizar a AI?

Apesar dos benefícios, a AI Agent também traz desafios importantes. Como lidar, por exemplo, com a possibilidade de uma IA plagiar campanhas de concorrentes ou tomar decisões erradas? Quem será responsabilizado nesses casos?

Eduardo responde: “Essas são questões que todas as empresas, grandes ou pequenas, terão que enfrentar. A implementação da AI Agent não pode ser feita sem um debate profundo sobre ética e governança alinhada à legislação. Acredito que as lideranças precisam antecipar essas discussões antes de adotar tecnologias como essa”.

A adaptação será a chave para o futuro

Se utilizada de maneira correta, a AI Agent não será uma ameaça, mas uma aliada poderosa. Ela assumirá tarefas operacionais, liberando os profissionais para se concentrarem em criatividade, inovação e conexão humana.

“Essa tecnologia representa uma revolução para as agências de marketing e comunicação. Ela oferece oportunidades de otimizar operações, melhorar resultados e criar experiências mais personalizadas para os clientes. No entanto, seu impacto dependerá de como as organizações lidam com desafios relacionados à ética, governança e capacitação das equipes”, pontua Eduardo Augusto.

Ao integrar a tecnologia sem perder o foco no humano, as empresas não apenas se adaptarão a essa nova era, mas prosperarão nela. “Afinal, por mais avançada que seja a IA, empatia, criatividade e propósito continuarão sendo características unicamente humanas. O sucesso estará no equilíbrio entre inovação e humanização, garantindo um futuro promissor para o setor”, conclui o CEO da IDK.  

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