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A revolução digital na gestão dos colaboradores começou

Novas tecnologias aumentam a eficiência, aceleram processos, melhoram a retenção de talentos e garantem atuação mais estratégica do RH

Tecnologia traz agilidade para a área de gestão de pessoas. (Nacho Doce/Reuters)

Tecnologia traz agilidade para a área de gestão de pessoas. (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2021 às 11h00.

Por Camila Zanchim

A revolução 4.0 já é uma realidade da indústria e terá um fortalecimento ainda mais expressivo nos próximos anos. A utilização das novas tecnologias vem criando novas empresas e gerando uma transformação estrutural nas companhias já existentes. De acordo com as previsões para este ano da revista The Economist, as empresas que não investirem pelo menos 10% em novas tecnologias irão desaparecer.

Isso ocorre porque as novas soluções vêm contribuindo para acelerar e aprimorar processos, tornando as empresas ainda mais eficientes, produtivas e preparadas para as importantes transformações dos consumidores e dos profissionais, que estão cada vez mais conectados e digitalizados.

Essa mudança estrutural também chegou ao setor de gestão de pessoas para agilizar recrutamento e seleção, reter talentos e trazer candidatos que estejam mais alinhados com a cultura da companhia. Vale destacar que, de acordo com uma pesquisa do LinkedIn de 2020, 70% dos profissionais entrevistados afirmaram que o recrutamento online será o novo padrão após a pandemia. Isso ocorre, porque, assim como em demais setores, a digitalização em Recursos Humanos torna o time mais estratégico, reduz custos e facilita a tomada de decisões.

No GPA, a inovação está presente no DNA da companhia. Desde que estes novos processos digitais foram estabelecidos, a empresa conseguiu aumentar a sua eficiência e reduzir os custos inerentes associados.

Uma das mais relevantes parcerias foi com a Gupy, startup que atua no setor de gestão de pessoas. A demanda pela eficiência no setor de contratação e seleção é um processo que impacta diretamente a gestão de um gigante como o GPA, em que há um desafio constante pelo profissional que melhor se encaixe à cultura da companhia

O grupo tem atualmente mais de 57 mil colaboradores em todo o Brasil e, somente no ano passado, a empresa contratou cerca de 11 mil pessoas. Há mais de 1,8 milhão de currículos cadastrados na plataforma Gupy do GPA atualmente.

No ano passado, a companhia teve a necessidade de contratar mais de cinco mil colaboradores temporários para suprir a demanda dos afastamentos de funcionários do grupo de risco e também para suprir o crescimento da operação online da companhia, com o avanço do e-commerce. Esse processo foi realizado em tempo recorde: com o auxílio da Gupy, em aproximadamente 15 dias esses profissionais foram contratados e iniciaram em seus cargos.

Tamanha foi a eficiência obtida com a startup que, atualmente, a maior parte das vagas de operação da companhia estão sendo administradas pela plataforma, ficando centralizados na empresa apenas alguns projetos especiais. Os resultados obtidos até o momento são bem positivos.

O GPA está conseguindo contratar funcionários de operações em um tempo mais curto tanto para escolha quanto para início das atividades, chegando a uma redução do SLA em até 30% em alguns casos. Essa aceleração e o inerente ganho estratégico ocorre por conta da digitalização do processo de seleção, além da implantação de outras iniciativas como a admissão digital em que o próprio candidato envia os documentos para contratação de maneira online diretamente em um sistema da companhia.

Outras facilidades internas oriundas da digitalização foram a capacidade de atração de talentos internos em vagas da própria companhia, com a criação de QR code para as oportunidades anunciadas fisicamente nas lojas, eliminando a necessidade de computadores ou plataformas e facilitando o acesso dos profissionais interessados.

Além de ganhos expressivos na atração e seleção dos candidatos, a inovação também vem colaborando para aprimorar outras iniciativas do GPA voltadas à capacitação e carreira dos colaboradores. Uma delas é o Programa de Sucessão, que visa o desenvolvimento destinado à formação de futuras lideranças em operações e tem o objetivo de preparar os colaboradores para o próximo passo na carreira.

Com a digitalização da área de seleção, o processo seletivo interno dos colaboradores elegíveis ao programa também passou a ser feito de forma digital, e o sucesso da iniciativa é tão expressivo que 70% dos participantes das edições já foram promovidos.

Em suma, a digitalização vem contribuindo com todos os departamentos de gestão de pessoas ao acelerar e facilitar processos, tornando-os mais eficientes. A transformação digital é tendência e é o futuro. Esta revolução no RH veio para ficar.

*Camila Zanchim é gerente de RH do GPA

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