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A Olimpíada da TV é sucesso em audiência

Jogos modernizados garantem espectadores grudados nas telas mesmo com diferença de fuso horário

A audiência da TV e do streaming tem sido enorme. (Naoki Ogura/Reuters)

A audiência da TV e do streaming tem sido enorme. (Naoki Ogura/Reuters)

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Publicado em 8 de agosto de 2021 às 14h43.

Última atualização em 8 de agosto de 2021 às 15h05.

Por Danilo Vicente*

A Olimpíada de Tóquio pode ser considerada a primeira inteiramente voltada para a televisão, já que a pandemia da Covid-19 impediu público nas arenas dos jogos (os poucos a assistir da arquibancada são atletas das modalidades). É também a Olimpíada que marca a estreia de esportes voltados aos jovens, com surfe, escalada e skate (o centenário caratê também estreou e beisebol e softbol voltaram). Neste penúltimo dia de competição já dá para cravar: deu muito certo!

Aqui no Brasil, a audiência da TV tem sido enorme. O Grupo Globo, detentor dos direitos de transmissão, atesta. Em todo o mês de julho, SporTV superou Viva e GloboNews e foi líder da TV paga. Considerando apenas o período após a cerimônia de abertura (de 23 a 31 de julho), o canal ocupou o Top 3 da televisão fechada — com SporTV, SporTV 2 e SporTV 3.

No streaming também houve um salto. O plano Globoplay + Canais Ao Vivo cresceu 827%. E na TV aberta a Globo bateu recordes com transmissões de vôlei e futebol. A vitória de virada da seleção feminina de vôlei sobre a Rússia mais que dobrou a audiência em São Paulo, a partir das 9h, marcando 13 pontos de média e 36% de participação entre os paulistanos.

Os esportes estreantes encantaram. Já está na memória dos brasileiros a transmissão do skate, que virou xodó da torcida após as três medalhas de prata conquistadas. De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o surfe (Brasil medalha de ouro no masculino) e o skate foram cinco dos dez programas olímpicos mais vistos no Brasil durante a primeira semana de jogos. Na escalada o país ficou sem representante.

Houve mais novidades: a disputa de judô por equipes, com uma dinâmica moderna, um atleta atrás do outro no enfrentamento (por categoria) ao país adversário, foi boa demais! Teve mais jogos mistos: 4x100 metros mistos em natação, uma prova mista por equipes em tiro com arco, revezamento 4×400 misto em atletismo, 3×3 feminino e masculino no basquete, entre outros. O objetivo era aumentar a participação feminina e promover a igualdade.

O sucesso de audiência na TV tem se repetido pelo mundo, ainda que a abertura da Olimpíada tenha sido prejudicada no ocidente pelo horário (na madrugada em muitos países). Na China, a grande audiência até agora foi para os 100 metros rasos masculino, que tinha o competidor chinês Su Bingtian como o mais rápido dos oito finalistas. E as finais do tênis de mesa individual também pararam o país.

Já no Japão, onde mais da metade do público se opôs à realização da Olimpíada, a audiência foi robusta, com 113,5 milhões assistindo a alguma cobertura dos Jogos em 1º de agosto.

Acho importante falar que nem tudo são flores e que nos EUA caiu muito. Ainda assim... Na terça-feira, Timo Lumme, diretor-gerente de televisão e serviços de marketing do COI, disse que a audiência está vindo aos "milhões" nos Estados Unidos para assistir aos Jogos, com uma média de horário nobre para os programas olímpicos, com cerca de 17 milhões de telespectadores norte-americanos cada noite.

A Olimpíada de Tóquio vai deixar saudade aos telespectadores.

*Danilo Vicente é sócio da Loures Comunicação

**Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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