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A carreira corporativa e os quatro cavaleiros da falsa produtividade

Reuniões que poderiam ser e-mails, cultura do burnout e outros culpados pela exaustão e problemas de produtividade no ambiente corporativo

Falsa produtividade é fenômeno presente nos escritórios das grandes corporações (Charday Penn/Getty Images)

Falsa produtividade é fenômeno presente nos escritórios das grandes corporações (Charday Penn/Getty Images)

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Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 15h00.

Por Samir Iásbeck*

Vivemos na era da tecnologia em meio a um paradoxo: somos de fato produtivos ou é apenas uma ilusão? O fenômeno da falsa produtividade está cada vez mais presente nas organizações:  foco exagerado em tarefas sem relevância, além do acúmulo de horas trabalhadas e a ocupação vista como sinônimo de eficiência. 

Esse comportamento não contribui para o desenvolvimento de carreira, tampouco para a qualidade de vida – gera exaustão, desmotivação e baixa performance a médio e longo prazos.

Mas afinal, quem são os principais responsáveis por essa falsa produtividade nas grandes corporações? Para facilitar o desenvolvimento de melhores ambientes de trabalho e carreiras verdadeiramente produtivas, vamos identificá-los:

1. Falta de definição de prioridades 

Assim como na história clássica de Alice no País das Maravilhas, o Mestre Gato disse à menina que se não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. O mesmo podemos dizer em relação às empresas, porque em ambientes corporativos que não possuem clareza de objetivos, os colaboradores desperdiçam energia em tarefas de baixo impacto ou em projetos que não agregam à organização.

2. Má gestão de tempo

Reuniões excessivas que poderiam ser e-mails, os e-mails que são intermináveis e interrupções constantes infelizmente se tornaram parte do cotidiano corporativo. Ao invés de promoverem a colaboração, esses fatores fragmentam o foco dos colaboradores, dificultando a execução de atividades e reduzindo a produtividade real.

3. Cultura do burnout

A cultura do “trabalhar até cair” ou “trabalhe enquanto eles dormem” é extremamente prejudicial. Em muitas empresas, a quantidade de horas trabalhadas ainda é vista como sinônimo de comprometimento. Porém, o que se observa é o oposto: jornadas exaustivas levam ao esgotamento físico e mental, prejudicando a criatividade, capacidade de resolução de problemas e o engajamento. Não por acaso a Síndrome de Burnout está na lista da OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença exclusivamente ligada ao trabalho.

4. Falta de desenvolvimento contínuo

A falsa produtividade rouba o tempo que poderia ser investido em treinamentos, mentorias e programas de capacitação, que são essenciais para o desenvolvimento profissional e a adaptação ao mercado em constante evolução. Os treinamentos ajudam as equipes a desenvolverem habilidades de gestão de tempo, comunicação e foco em resultados, além de promoverem a reflexão sobre a importância do bem-estar no ambiente de trabalho.

A meu ver, para combatermos a falsa produtividade é a hora de pararmos de confundir ocupação com resultados e começarmos a construir ambientes de trabalho mais produtivos, onde o desenvolvimento de carreira e qualidade de vida caminhem em equilíbrio, porque essa mudança não é benéfica apenas para os colaboradores, mas também para as empresas. Afinal, a produtividade real começa quando passamos a entender que o menos pode ser mais, desde que bem-feito e de forma eficiente.

*Samir Iásbeck, CEO e Fundador do Qranio, plataforma LMS/LXP customizável que tem como objetivo auxiliar empresas na criação de programas de treinamentos personalizados.

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