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7 previsões para o futuro dos bancos ao longo dos próximos anos

5G, open banking, operações contactless: o que muda na vida do sistema financeiro com a tecnologia

A sociedade tenta prever o futuro desde a pré-história (Stock/Getty Images)

A sociedade tenta prever o futuro desde a pré-história (Stock/Getty Images)

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Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 18h00.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2023 às 19h07.

Por Douglas Barrochelo

Não é do nosso tempo (ou é, rs!) Mas, estão disponíveis nos arquivos digitais e vocês podem conferir, – garanto que será uma experiência bem interessante - Flash Gordon, Dale Arden e os Jetsons.

Prever o futuro sempre foi uma atividade prioritária para as sociedades humanas, desde o tempo de caçadores-coletores, quando tentar antecipar o dia de amanhã ou o próximo período de secas poderia significar a sobrevivência do clã. Posteriormente, tratava-se de saber que tínhamos o favor dos deuses para a próxima batalha ou se estávamos predispostos ao amor e a sorte. Horóscopos continuam sendo relevantes para muitas pessoas atualmente, mas na história alguns grandes cientistas, como Ticho Brahe e Cassini, ganhavam a vida como astrólogos de eventuais monarcas.

Também eram cientistas autores de ficção científica que escreviam sobre possíveis futuros, como Isaac Asimov, bioquímico doutorado por Colúmbia, Frederic Hoyle, matemático e astrônomo e Arthur Clarke, doutor em astrofísica. Contudo, se muitos se dedicam a prever o futuro, poucos acertam!

Flash Gordon aparece no cinema na década de 1930, quando pilota uma nave experimental (moderníssima!) movida à eletricidade - a física quântica era recente demais para falar em motores “atômicos” - e viaja para o planeta Mongo, que estava em rota de colisão com a Terra. Poucas das “novidades” da imaginação se tornaram realidade, talvez as “pistolas de raios energéticos” possam ser os tasers utilizados pela polícia atualmente.

Três décadas depois apareceu a simpática família Jetsons, a família americana típica de subúrbios vivendo no futuro. Até acertaram bastante, com carros aéreos, robôs domésticos e celulares, mas desenharam uma era moderna com uso de papel moeda - e no nosso presente isto está no caminho de desaparecer!

No campo da economia estamos todos simplificando o presente para traçar o futuro próximo das taxas de juros, do câmbio, do crescimento do PIB - utilizamos muita matemática e muita análise dos números. É muita dedicação, mas se acertamos aproximadamente a trajetória, o saldo já é positivo.

Quero falar de bancos e de seu ecossistema - pela nossa atividade profissional, lidamos direta e indiretamente com o sistema bancário diariamente, e por isso li com atenção um extenso estudo da PwC sobre “o futuro dos bancos”. Apesar da qualificação da empresa e de suas equipes, o estudo não é conclusivo ou não se arrisca a uma conclusão, deixando várias hipóteses em aberto. Todavia, existe um futuro que já está sendo concretizado, já “está dado”, como diriam no mercado, e nós vamos estar presentes nele. Eu listaria algumas certezas:

1 - Com o advento do 5G, estaremos a cada dia mais conectados, e os bancos e o comércio estarão na palma da mão com os celulares e nos PDV com equipamentos cada vez mais versáteis, baratos e eficientes;

2 - Mesmo com o avanço do e-commerce, os brasileiros continuam desejando também as lojas físicas, em grande parte pelo senso de compartilhamento, pela experiência inigualável da relação interpessoal - mas sem filas, com mostruários digitais, provas holográficas em breve para vestuário; o caixa anda pela loja para a conveniência do cliente;

3 - Cada vez mais faremos os pagamentos contactless, mas queremos ter todas as opções, até mesmo do boleto – via PIX, claro, e vamos usar o saldo de um banco para pagar com o cartão do outro se precisarmos;

4 - Usarei o aplicativo da loja para ganhar pontos de fidelidade até mesmo se estiver nela, mas quero sair usando a roupa que acabei de comprar - ou vou ao restaurante agora, e mande a minha compra lá para casa;

5 - Com a universalização do open banking, a fintech ou o banco tradicional é que serão “fidelizados”, eu irei com meu dinheiro para onde me tratarem melhor e nem saberei qual foi o programa ou a máquina que fez a gestão das minhas vontades;

6 - Irei a uma nova loja de material esportivo com estoque virtual, farei as minhas escolhas sem precisar falar com alguém - exceto se eu solicitar - passarei em um caixa automático e a compra será entregue depois no endereço cadastrado em uma logitech onde tenho cadastro;

7 - Viajarei de férias para fora do país e não vou levar nem mesmo uma moeda para a máquina de chicletes e não vou precisar de carteira - o Real Digital está na na minha conta - internacional, claro – na nuvem e pode ser convertido automaticamente por geolocalização, seja por libras, euros, coroas suecas ou francos suíços, todos também digitais - em dez anos. Suécia e Dinamarca, por exemplo, não deverão mais ter papel moeda em circulação.

Tudo isso é um futuro já bastante próximo, em alguns casos já parte da nossa realidade. Aqui no Brasil, não ficamos para trás quando o assunto é de tecnologias que podem (e já estão!), causando disrupção entre os meios de pagamento. Nós nos faremos relevantes e levaremos techs brasileiras mundo afora. O futuro dos bancos também é brasileiro. Anote isso aí!

*Douglas Barrochelo é o CEO da Biz

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