Uso de celular para redes sociais (Getty Images)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 13h00.
6 em cada 10 brasileiros apoia a regulação das redes sociais. Dos entrevistados pela especialista em pesquisa e inteligência de dados Nexus, apenas 29% são contrários e 5% não são contra nem a favor. 7% não souberam responder à pesquisa.
A principal questão para a população é preservar a liberdade de expressão nas redes sociais. O argumento, muito utilizado pelos opositores da regulação, foi apresentado na pesquisa “A visão dos brasileiros sobre regulamentação das redes sociais”, e provocou resultados consideráveis.
“Na prática, os números mostram o forte efeito que a narrativa dos opositores, de que a regulação fere a liberdade de expressão, tem sobre importante parcela da população, reduzindo drasticamente o apoio à imposição de regras às redes sociais”, afirma Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
A Nexus entrevistou, face a face, 2.000 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre 10 e 15 de janeiro. A margem de erro no total da amostra é de 2 p.p, com intervalo de confiança de 95%.
A pesquisa mostra ainda que a maioria dos brasileiros concorda com afirmativas relacionadas a um ambiente digital mais controlado: 78% acreditam que as plataformas precisam ter mais responsabilidade por suas atividades do que tem atualmente, contra 14% que discordam.
Já 64% acreditam que a regulação é uma importante forma de combater a difusão da desinformação nas plataformas, frente a 25% que pensam o oposto. Uma parcela semelhante (61%) concorda que a regulação é fundamental para enfrentar a disseminação de conteúdos antidemocráticos, discursos de ódio ou de cunho racista, machista e lgbtfóbicos publicados na internet e 29% discordam.
Na hora de opinar sobre a moderação de conteúdos, a pesquisa da Nexus mostra que há apoio dos brasileiros tanto à checagem de conteúdos quanto à moderação feita pelos próprios usuários.
No sistema de checagem de fatos, a veracidade das publicações ou possíveis violações de direitos são analisadas por profissionais contratados para essa função. Já no modelo de “notas de comunidade”, adotado pelo X, os próprios usuários escrevem essas observações, sem uma análise técnica. Dona do Facebook e do Instagram, a Meta anunciou em janeiro o fim da checagem nos Estados Unidos. No Brasil, por enquanto ela continua ativa.
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube