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5G vai revolucionar o comportamento do consumidor e das marcas

Quase metade dos brasileiros vai realizar todas as suas compras online neste ano, conforme dados da Future Consumer Index (FCI)

5G: consumo e experiência precisam estar alinhados (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

5G: consumo e experiência precisam estar alinhados (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

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Publicado em 1 de agosto de 2022 às 19h30.

Última atualização em 1 de agosto de 2022 às 19h37.

Por Luciana Vidigal*

O que começa a mudar com a chegada do 5G? Tudo. As mudanças serão incríveis e estarão apoiadas em um salto gigantesco de velocidade, de qualidade e de confiabilidade da internet. Com a melhora desses três aspectos, alcançaremos um patamar de conectividade muito elevado, e ainda desconhecido. Quem não tinha internet, passará a ter; quem já tem, terá uma infinitamente superior. Até 2028, teoricamente, a maior parte do país contará com a quinta geração das redes móveis, que é em torno de 100 vezes mais rápida que o atual modelo. Serão centenas de milhões de brasileiros com um ótimo acesso às oportunidades e possibilidades trazidas pela internet.

Uma internet excepcional e que alcança tanta gente, faz muita diferença. Não se trata apenas de ter mais dispositivos funcionando melhor, viabilizando internet das coisas, inteligência artificial, realidade aumentada, realidade virtual, metaverso e outros recursos. Todas essas novidades entrarão no dia a dia, sem dúvida, e serão revolucionárias. Cidades, casas, bicicletas, carros, roupas, móveis tudo isso (e mais um pouco) ficará inteligente, gerando informações personalizadas aos usuários. Mas estamos falando também de uma transformação menos visível e menos falada, embora enorme, no comportamento dos consumidores e das marcas.

Cada vez mais o consumo vem sendo estimulado também pela experiência de outros consumidores, e não somente por influenciadores ou celebridades. Alguém que compra um serviço ou produto e compartilha sua opinião, contribui para que outras pessoas sigam o mesmo caminho. A opinião de uma pessoa comum, parecida com a maioria de nós, passou a ter muita credibilidade e impacto.

Comunidades em torno de marcas nascem assim. A da Sephora mundial tem mais de 5 milhões e continua crescendo. A do Lego chegou a mais de 1 milhão de pessoas em um prazo bem interessante. Da conversação entre eles surgem tendências, inovação e inúmeras oportunidades para as marcas. Atualmente, o User-Generated Content (UGC), ou seja, o conteúdo gerado pelo usuário, tem 9,8 vezes mais chances de afetar uma decisão de compra do que o conteúdo de um influenciador, de acordo com um relatório global da Stackla, de 2021.

O UCG adquiriu status de selo de qualidade. Segundo o estudo da Stackla, 79% das pessoas dizem que o UGC impacta fortemente suas decisões de compra, mais do que o conteúdo das marcas e de influenciadores. Ainda segundo o relatório, 61% dos consumidores seriam mais leais e mais propensos a comprar de uma marca se fossem convidados a fazer parte de uma comunidade de defensores do cliente ou de criadores de conteúdo. Comunidades e nanoinfluenciadores (engajados, cheios de autenticidade e de senso de pertencimento) fazem a roda do consumo girar mais rápido.

Quase metade dos brasileiros (44%) irá realizar todas as suas compras online neste ano, conforme dados da Future Consumer Index (FCI), dando sequência ao movimento turbinado pela pandemia. Esse cenário, composto pela força dos nanoinfluenciadores e pela adoção massiva do e-commerce, será potencializado pela chegada do 5G, que trará um ganho de escala imenso em termos de usuários, dispositivos e transações comerciais.

Os resultados prometem, afinal estamos falando de um país com dimensões continentais, apaixonado por novas tecnologias e redes sociais. A expectativa é que essa seja mais uma revolução a favor das marcas e dos consumidores.

*Luciana Vidigal é publicitária, entusiasta da transformação digital e consultora de comunicação e novos negócios da CoWork Comunicação

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