Pesquisa aponta grande insegurança de líderes no mercado (oatawa/iStockphoto)
Bússola
Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 15h00.
A primeira edição da pesquisa intitulada "Panorama de Sentimento das Lideranças" revelou que 34,4% da liderança sente insegurança no momento de conduzir, desenvolver e engajar os times. O estudo realizado pela escola corporativa Sputnik ouviu 285 líderes de organizações em diferentes regiões do Brasil. Além da insegurança, os participantes também afirmam que estão tentando se desenvolver melhor como liderança (18,9%). Os gestores percebem que o seu papel já não é o mesmo de anos atrás. Hoje, as organizações demandam profissionais que inspirem, que manifestem suas vulnerabilidades e estimulem a aprendizagem.
Os dados do Panorama vão ao encontro de tendências já identificadas na pesquisa LinkedIn Learning: Workplace Learning Report deste ano, que já reforçava a importância de oferecer ambientes de aprendizado e crescimento como um dos fatores que mais contribuem para uma boa cultura organizacional.
“Procuramos entender o que tem gerado insegurança para esses profissionais, o que interfere de fato nas tomadas de decisões, na comunicação com os colaboradores, e principalmente na estratégia como um todo”, diz Mari Achutti, CEO e fundadora da Sputnik. Segundo o levantamento, as inseguranças partem da falta de clareza estratégica para 48,1% dos entrevistados, enquanto 22,5% destacam o cenário econômico complexo.
Nesse sentido, há ferramentas que podem trazer mais segurança individual e confiança entre as pessoas e os times. Os planos de desenvolvimento coletivos e individuais, por exemplo, são ferramentas importantes frente a esses desafios e auxiliam as organizações a se prepararem para o futuro.
O Panorama também mapeou, como ponto frágil para as lideranças, a falta de conhecimento técnico (13%) e o despreparo do time (11,6%). Apenas 4,9% dos entrevistados não se sentem inseguros na hora de tomar uma decisão.
Para Achutti, as empresas e lideranças precisam estar abertas à inovação e transformação dos processos. Isso passa, inevitavelmente, pelo processo de aprendizagem: “os desafios são constantes, e, em um mundo BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), a educação corporativa é estratégica para que os líderes e gestores saibam lidar com as inseguranças, ansiedades e incertezas que esse contexto, inevitavelmente, gera” afirma ela. Com isso, para além de capacitar os times, as empresas desempenham um papel essencial na construção de espaços seguros de troca e autodescobertas, para que a evolução ocorra de dentro para fora.
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