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3 questões sobre comunicação à Juliana Figueiredo, da Ativa Investimentos

“O empreendedorismo digital tem crescido à margem da economia real, e muita gente boa está migrando para esse modelo”, diz a executiva

Confira a entrevista com a diretora da Ativa Investimentos, Juliana Figueiredo (Wutthichai Luemuang/EyeEm/Getty Images)

Confira a entrevista com a diretora da Ativa Investimentos, Juliana Figueiredo (Wutthichai Luemuang/EyeEm/Getty Images)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 21h51.

Última atualização em 27 de outubro de 2020 às 22h11.

Diretora da Ativa Investimentos, Juliana Figueiredo explica a importância do marketing e da comunicação digital para gerar engajamento e alavancar resultados. Ela destaca ainda a necessidade de as marcas se posicionarem de forma consistente sobre diversidade, inclusão e meio ambiente.

1. A Ativa mudou seu perfil de comunicação antes do coronavírus. E, já em plena pandemia, acelerou. O que fez a empresa ser mais ousada quando muita gente recuou?

Não só de comunicação e sim de estratégia de negócio. Entendemos que avaliar o crescimento de uma empresa está muito mais ligado ao crescimento de seus indicadores do que a linha do balanço. Com isso, marketing  passou a ser considerado investimento e peça fundamental da nossa plataforma digital. A matemática é simples com presença digital mais comunicação para gerar engajamento. E esse último faz o resultado de sua empresa alavancar exponencialmente. Apesar da pandemia, para o nosso mercado, a conjuntura de juros básicos em baixo patamar histórico favoreceu o interesse do investidor em procurar investimentos alternativos. Isso que favoreceu a abertura de diálogo com esse perfil que, além de impactado pelo cenário econômico, está revendo suas prioridades de gastos e estilo de vida.

2. A gente vê muita opinião dos economistas e dos analistas de mercado sobre os próximos meses, crise e recessão. Do ponto de vista do marketing no seu setor, o que você imagina que vai ser diferente?

Estamos sem dúvida atravessando um momento conturbado, mas é impossível você não ter lido uma notícia sobre fusões e aquisições nesse período pandêmico. O que tem em comum a maior parte dessas operações? Empresas construídas por meio de plataformas digitais onde o marketing bem pilotado foi capaz de afastar qualquer pessimismo e contar uma história convincente sobre o futuro. O empreendedorismo digital (termo empregado no lugar de marketing) tem crescido à margem da economia real e muita gente boa, na física ou jurídica, está migrando para esse modelo e buscando maior relevância na sua marca.

3. Todas as empresas estão falando em diversidade ou sendo obrigadas a falar do tema. Você é uma liderança importante na Ativa. Como você tá vendo esse movimento em relação às marcas?

Por mais que estejamos nos conectando com discursos mais plurais e sustentáveis temos de ficar de olho na consistência desses posicionamentos, sobretudo no que diz respeito às marcas. O futuro não permite mais negligenciarmos determinados assuntos, não permite mais ambientes de trabalho hostis à diversidade humana, tampouco o desrespeito ao meio ambiente. Aqui na Ativa temos diversas ações promotoras de diálogo e aceitação e atualmente também estou cursando um programa de alto impacto de formação de conselheiras mulheres para promover a diversidade dos conselhos de administração no Brasil. Para 2021, certamente dedicarei boa parte do meu tempo e carreira a esse tema.

*Sócia-diretora Digital&Inovação da FSB Comunicação

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