Brasil

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Vice-governador Mateus Simões esteve na Assembleia Legislativa para entregar dois projetos que preveem que o estado deixe de gerir a Cemig e a Copasa

Assembleia Legislativa de Minas Gerais debate propostas de privatização de estatais do governo Zema (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Assembleia Legislativa de Minas Gerais debate propostas de privatização de estatais do governo Zema (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 15h46.

Tudo sobrePolítica
Saiba mais

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aproveitou a baixa atividade no Legislativo em véspera de feriado para avançar com propostas chave de privatização. Nesta quinta-feira, 14, sua gestão enviou à Assembleia dois projetos de lei que preveem as privatizações das estatais Cemig (energia) e Copasa (saneamento).

Com Zema em viagem oficial a Lisboa, capital de Portugal, o vice-governador Mateus Simões (Novo) ficou encarregado de apresentar o texto aos parlamentares. Em entrevista coletiva, Simões enfatizou que as privatizações são um “compromisso do governador desde o primeiro mandato” e que “as companhias precisam de modernização” para que o Estado priorize o equilíbrio das contas públicas.

Essas duas estatais têm um valor de mercado estimado em R$ 15 milhões. Atualmente, o governo detém 17% das ações da Copasa e mais de 50% da Cemig. Para a privatização das empresas, é exigido um referendo popular; no entanto, o governo tenta, desde o ano passado, aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para dispensar essa exigência, o que está emperrado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Resistência política

Simões declarou que o governo espera a sanção com urgência: “Continuamos entendendo que faz mais sentido que a exigência do referendo seja retirada antes da votação das leis”. Segundo ele, se a Assembleia aprovar as leis de privatização, o governo submeterá a questão ao referendo. “Nós já consultamos o TRE ano passado, e é um custo relevante.”

No entanto, a PEC enfrenta resistência, incluindo entre os parlamentares da base do governador, que consideram o projeto impopular. Nos últimos anos, tentativas de privatização resultaram em atritos entre Zema e deputados da Cidade Administrativa. O líder de governo, João Magalhães (MDB), defendeu em 2022 uma proposta do opositor Professor Cleiton

Acompanhe tudo sobre:PolíticaPrivatizaçãoRomeu Zema

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto