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Zema afirma que 13º de servidores de MG não será "pago tão cedo"

O governador de MG disse ser necessário, a partir desta quarta-feira, abrir o "baú, e não sabemos se ali dentro tem aranha, se é escorpião, se é cascavel"

Zema: o governo não pagou o décimo terceiro relativo a 2018 e vinha depositando salários de forma parcelada (Reprodução/Facebook/Divulgação)

Zema: o governo não pagou o décimo terceiro relativo a 2018 e vinha depositando salários de forma parcelada (Reprodução/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 17h39.

Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 17h39.

Belo Horizonte — O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quarta-feira (2) que o décimo terceiro salário do funcionalismo público do Estado "não será pago tão cedo".

Zema disse, em relação ao governo, ser necessário, a partir desta quarta-feira, abrir o "baú, e não sabemos se ali dentro tem aranha, se é escorpião, se é cascavel". As declarações foram feitas ao Bom-Dia Minas, da Rede Globo.

Zema afirmou ainda que a promessa feita durante a campanha, de não receber salário pelo cargo enquanto os servidores não estiverem recebendo em dia, não poderá ser cumprida.

"Tive acesso agora ao dado que, por lei, eu serei obrigado a ter o crédito do meu salário em conta corrente, mas eu vou doar o meu salário mensalmente para instituição de caridade."

Em crise financeira, o Estado, sob o ex-governador Fernando Pimentel (PT), não pagou o décimo terceiro relativo a 2018 e vinha depositando salários de forma parcelada.

"A partir de hoje (quarta) é que vamos abrir o baú e não sabemos se ali dentro tem aranha, se é escorpião, se é cascavel. A partir de hoje (quarta) é que vamos estar levantando esse dados, mas nós sabemos que a situação de Minas é extremamente delicada, é um Estado que está falido, e com certeza esse décimo terceiro não será pago tão cedo". A reportagem tenta contato com a assessoria de Pimentel.

Zema indicou que poderá priorizar repasses aos municípios, ante o pagamento do benefício. "Não que nós não gostaríamos de fazer isso (pagar o décimo terceiro), mas por impossibilidade. Vale lembrar que nós já temos prefeituras, principalmente na região nordeste do Estado, Vale do Mucuri, do Jequitinhonha, que já estão atrasando o pagamento de professores há três, quatro meses, que estão sem receber. Então nós vamos ter que priorizar aquilo que é mais grave. E não é uma decisão fácil. Lamento muito, mas com certeza vamos encontrar só aranha, escorpião e cascavel com muito veneno. Mas com tempo, com muito trabalho, nós vamos regularizar isso."

Especificamente quanto ao atraso nos salários, o governador disse que a regularização vai depender da renegociação da dívida do Estado com a União.

"Se o processo for agilizado, penso que nós devemos conseguir até meados do ano. Isso (a renegociação) vai dar um alívio de caixa muito expressivo para o Estado, e eu gostaria muito de pagar o funcionalismo e as prefeituras pontualmente, pelo menos daqui por diante, e o passado nós irmos gradativamente amortizando",

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Zema negou que a indicação de um general, Mário Araújo, para a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais tenha como objetivo ajudar nas relações com governo de Jair Bolsonaro, que também indicou generais para cargos.

O governador reconheceu, porém, que isso pode ajudar no contato entre Minas e a União. "Ele (o secretário) inclusive estudou na mesma época do presidente Bolsonaro na academia militar", disse Zema.

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