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Zambelli recorre de decisão que liberou Renan para relatoria da CPI

Na ação, Zambelli diz que não ficou demonstrado o alegado "grave risco à ordem constitucional e à harmonia entre poderes caso Renan permanecesse suspenso"

Carla-Zambelli (Najara Araújo/Agência Câmara)

Carla-Zambelli (Najara Araújo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2021 às 17h43.

Integrante da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) recorreu ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região contra a decisão da própria Corte que liberou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para assumir a relatoria da CPI da Covid no Senado.

Na ação, Zambelli diz que não ficou demonstrado o alegado "grave risco à ordem constitucional e à harmonia entre poderes caso Renan permanecesse suspenso".

O governo fez de tudo para tirar Renan da relatoria, um cargo estratégico, responsável por dar o tom dos trabalhos e até recomendar o indiciamento de autoridades. Não conseguiu. Na terça-feira, 27, o TRF da 1ª Região suspendeu uma decisão do juiz Charles de Morais, da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, que barrava a indicação do senador para o cargo de relator. A liminar havia sido expedida em ação protocolada pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), mas foi derrubada.

Na terça, em sua estreia na relatoria, Renan apresentou uma lista com 11 sugestões de requerimentos - oito dois quais com foco na gestão de Bolsonaro. Além disso, há outros 169 pedidos protocolados por integrantes da CPI para investigações.

O primeiro convocado para falar à CPI, na próxima terça-feira, será o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, um dos principais críticos à condução da pandemia de coronavírus por Bolsonaro. Médico, Mandetta foi demitido em abril do ano passado após defender o isolamento social e se recusar a indicar o tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

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