PF: a suspeita da PF é que Yunes teria sido intermediário do presidente para captar propinas de empresas do setor portuário (Sergio Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de março de 2018 às 12h50.
Última atualização em 29 de março de 2018 às 12h57.
São Paulo - O empresário e advogado José Yunes, preso nesta quinta-feira, 29, na Operação Skala, ainda estava depondo no final da manhã desta quinta-feira, 29, na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Yunes é alvo do inquérito que investiga suposto esquema de propinas no Decreto dos Portos, editado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado.
A suspeita da PF é que Yunes teria sido intermediário do presidente para captar propinas de empresas do setor portuário beneficiadas pelo decreto, entre elas a Rodrimar, cujo presidente, Antônio Celso Grecco, também foi preso na Operação Skala.
Temer já negou, por escrito à PF, que tenha solicitado a Yunes que recebesse recursos em seu nome "em retribuição pela edição da normas contidas no Decreto dos Portos". Yunes também nega ligação com o esquema investigado pela PF.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende Yunes, se manifestou por meio de nota. "É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu à todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania", diz o texto.