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Yoani Sánchez visita em SP museu sobre repressão política

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, classificou a blogueira como uma heroína moderna

Yoani Sánchez tira fotos com seu smartphone iPhone (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Yoani Sánchez tira fotos com seu smartphone iPhone (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 19h04.

São Paulo - A dissidente cubana Yoani Sánchez visitou nesta sexta-feira em São Paulo o Memorial da Resistência acompanhado do governador do Estado, Geraldo Alckmin, que classificou a blogueira como uma 'heroína moderna'.

A instituição é um museu dedicado à memória da resistência e da repressão política no Brasil no período republicano. O Memorial da Resistência fica na antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, organismo que controlou a repressão política durante o último regime militar.

Segundo uma nota do governo de São Paulo, a autora do blog 'geração Y', que chegou ao Brasil na segunda-feira passada, disse que no museu 'está exemplificada a resistência de um povo que passou por uma ditadura'.

'Fiquei impressionada, solidarizada, me recordei da luta em Cuba', disse Sánchez. A blogueira afirmou ainda que tem esperança de que um dia possa existir uma instituição parecida na ilha caribenha.

Geraldo Alckmin elogiou Yoani e disse que ela também é uma heroína da 'defesa da liberdade de expressão'.

O governador acrescentou que o Memorial da Resistência é um dos poucos espaços culturais brasileiros com estas características e tem o objetivo de fazer com que os cidadãos 'conheçam esse período triste da história'.

O dia de hoje foi mais tranquilo para Sánchez, que enfrentou protestos de simpatizantes do regime castrista em sua passagem pelas cidades de Recife, Salvador, Feira de Santana, Brasília e ontem em um debate em uma livraria em São Paulo.

A agenda da cubana inclui uma participação amanhã em um debate com o senador Eduardo Suplicy, do Partido dos Trabalhadores, que esteve com ela em Feira de Santana, na Bahia, na segunda-feira, quando um grupo de defensores do regime dos irmãos Castro impediu a apresentação do documentário 'Conexão Cuba-Honduras'.

No ano passado Yoani tentou visitar o Brasil, mas apesar de receber o visto, as autoridades cubanas negaram permissão para ela sair de seu país.

Com a reforma migratória que entrou em vigor em 14 de janeiro em Cuba, Yoani Sánchez, que em seis anos pediu cerca de 20 vezes permissão para viajar, sempre sem conseguir autorização, obteve um passaporte e como primeiro destino escolheu o Brasil.

Após sua passagem por terras brasileiras, Sánchez continuará com uma viagem de 80 dias na qual pretende visitar países da Europa e da América. EFE

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