Datafolha: aprovação da gestão de Bolsonaro é de 28% em São Paulo e 34%, no Rio (Alan Santos/PR/Flickr)
Agência O Globo
Publicado em 8 de abril de 2020 às 10h58.
Última atualização em 8 de abril de 2020 às 11h02.
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta quarta-feira mostra que a gestão da crise do novo coronavírus dos governadores do Rio, Wilson Witzel (PSC), e de São Paulo, João Doria (PSDB), é mais bem avaliada do que a atuação do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o instituto, as ações de Witzel e Doria são aprovadas, respectivamente, por 51% e 55% da população.
A aprovação da gestão de Bolsonaro na crise sanitária é de 28% em São Paulo e 34%, no Rio.
O Datafolha ouviu 528 entrevistados, em São Paulo, e 512, no Rio. A pesquisa foi feita por telefone e a margem de erro é de quatro pontos percentuais.
No Rio de Janeiro:
Avaliação da atuação de Witzel
Avaliação da atuação de Bolsonaro
Em São Paulo:
Avaliação da atuação de Doria
Avaliação da atuação de Bolsonaro
Bolsonaro tem criticado as medidas de restrição do comércio e de serviços nos estados durante o combate à disseminação do novo coronavírus. O presidente prega a necessidade de ações de isolamento vertical, em que apenas pessoas do grupo de risco da Covid-19 fiquem em casa, enquanto os governadores decidiram mantêr as medidas para toda a população, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
A crise escancarou a falta de sintonia entre o governo federal e os chefes estaduais. A relação tem sido marcada por troca de acusações públicas entre o presidente e os governadores. Bolsonaro acusa os antigos aliados de usurpar suas competências e de prejudicarem a economia com as medidas de restrição social.
Outra pesquisa, divulgada no domingo, aponta que a gestão de Bolsonaro diante da crise causada pela Covid-19
é aprovada por 33%, que consideram a ação do presidente como boa ou ótima em todo o país. Mas entre os entrevistados, 52% acreditam que Bolsonaro tem condições de seguir liderando o país, enquanto 44% acham que não. Outros 4% não responderam.