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Votação do projeto sobre abuso de autoridade continua, diz Renan

A menos que os líderes mudem de ideia, o presidente do Senado disse que a votação deve ser realizada na próxima terça-feira

Renan: a decisão do presidente do Senado bate de frente com a declaração de Sérgio Moro, de que "talvez esse não seja o melhor momento" para analisar a matéria (Jane de Araújo/Agência Senado)

Renan: a decisão do presidente do Senado bate de frente com a declaração de Sérgio Moro, de que "talvez esse não seja o melhor momento" para analisar a matéria (Jane de Araújo/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 16h49.

Brasília, 01 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a votação do projeto que atualiza a lei de abuso de autoridade está mantida na pauta de votações da próxima terça-feira, 6, a menos que os líderes partidários mudem de ideia.

Durante debate sobre o tema no plenário do Senado, que encerrou nesta tarde, o juiz federal Sergio Moro afirmou que "talvez esse não seja o melhor momento" para analisar a matéria.

Renan rebateu a declaração de Moro reafirmando que se o Congresso tiver que esperar para votar a atualização da lei de abuso de autoridade quando não houver investigações, não haverá nenhuma mudança na legislação.

Neste caso, as autoridades teriam que ser acusadas por omissão, segundo o presidente da Casa. "É o Congresso que tem que decidir se a lei precisa ser melhorada", declarou.

Denúncia

Na tarde de hoje, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do recebimento de denúncia contra o presidente do Senado.

Caso a Corte decida aceitar a denúncia, Renan se tornará réu perante o STF pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O peemedebista disse que não acompanhará o julgamento porque estará trabalhando.

Ele afirmou que não está preocupado com o resultado. Segundo Renan, este é um caso pessoal, e o pedido de investigação foi feito por ele há oito anos.

"Eu sou o maior interessado em resolver essa questão", respondeu o parlamentar. O presidente do Senado disse ainda que já foi investigado muitas vezes, e que é inocente das acusações contra ele.

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