Transporte público em São Paulo: gestão Haddad já aceitou retirar o corredor da Avenida Nossa Senhora do Sabará, em Campo Grande, na zona sul (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 21h55.
São Paulo - Sem conseguir conter o clima de rebelião na base aliada, a gestão Fernando Haddad (PT) adiou para a próxima semana a tentativa de aprovar o projeto de lei que autoriza a Prefeitura de São Paulo a alargar 66 vias e desapropriar até 7 mil imóveis para a construção de corredores de ônibus, promessa de campanha do petista.
Vereadores de partidos governistas, como PMDB, PTB e PV, fizeram coro à oposição para que o projeto que compreende 66 km de corredores, entre os quais o da Avenida Celso Garcia, Radial Leste e São Mateus, na zona leste, e as Avenidas 23 de Maio, Belmira Marin e MBoi Mirim, na zona sul, sejam desmembrados.
A gestão Haddad já aceitou retirar o corredor da Avenida Nossa Senhora do Sabará, em Campo Grande, na zona sul, após pressão de comerciantes e vereadores com base eleitoral na região. Segundo Milton Leite (DEM), a faixa estará em outro projeto, com traçado modificado.
Os governistas esperam aprovar o projeto em primeira votação na semana que vem, mas novas concessões devem ser feitas para a segunda votação. Comerciantes e moradores da Vila Sônia e Butantã, na zona oeste, Alvarenga, na zona sul, e Itaim Paulista, na zona leste, pressionam pela derrubada dos corredores em seus bairros.