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Volume morto do Cantareira será usado a partir de 15/05

O anúncio foi feito pelo novo secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce


	Reservatório do Sistema Cantareira: segundo especialistas, a captação de água do volume morto do Cantareira ameaça trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas
 (Sabesp/Divulgação/ABr)

Reservatório do Sistema Cantareira: segundo especialistas, a captação de água do volume morto do Cantareira ameaça trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas (Sabesp/Divulgação/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 12h08.

São Paulo - O novo secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, afirmou à Rádio Estadão na manhã desta quinta-feira, 10, que a partir de 15 de maio a Sabesp passará a contar com o volume morto do Sistema Cantareira. Reportagem do Estado desta quinta-feira mostra que a captação de água do volume morto do Cantareira ameaça trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas.

Arce, até então presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), assumiu nesta quarta-feira o cargo a convite do governador Geraldo Alckmin, e teve já uma reunião com técnicos e a presidente da Sabesp, Dilma Penna.

Racionamento. Questionado sobre se haverá racionamento, o novo secretário comentou que há resultados da adesão da população ao programa de redução de consumo e que está "olhando de um lado a redução de consumo, de outro a oferta de água, e principalmente confiando na resposta dos consumidores", disse.

Em resposta a ouvintes que relataram falta d'água em alguns bairros, o secretário explicou que isso ocorre devido ao remanejamento de carga entre reservatórios - por exemplo do Alto Tietê e do Guarapiranga -, mas que a situação deve se normalizar. "São condições normais."

Transposição. Sobre o projeto de interligação com o sistema do Rio Paraíba do Sul, que envolve o governo do Rio de Janeiro, Arce citou como exemplo o sistema de energia elétrica, o Sistema Interligado Nacional, para defender que o abastecimento de água também deve prover flexibilidade.

"Vejo isso mais como uma solução do que como problema", disse, embora tenha admitido que "é inevitável o problema político, principalmente no ano que estamos vivendo".

Arce lembra que o Rio de Janeiro já transpõe água do Paraíba desde a primeira metade do século passado. "O uso prioritário, até por lei, da água é o abastecimento das pessoas. Pensando dessa forma é que a gente deve avançar", concluiu.

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