Escombros: a única pessoa considerada oficialmente desaparecida é um homem identificado como Ricardo (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de maio de 2018 às 11h47.
Última atualização em 2 de maio de 2018 às 11h53.
São Paulo - O número de pessoas não encontradas após o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paiçandu, voltou para 44 indivíduos. Na madrugada desta quarta-feira, 2, chegou a ser informado de que mais pessoas teriam sido identificadas, reduzindo para 29 pessoas.
A única pessoa considerada oficialmente desaparecida é um homem identificado como Ricardo - que chegou a passar pelo processo de resgate, o qual foi interrompido no desabamento.
A conta de 44 desaparecidos não significa que estes estejam sob os escombros. Este era o número de pessoas que estava cadastrado para morar no edifício. Autoridades continuam tentando obter notícias sobre estas pessoas.
Os dados da Prefeitura de São Paulo revelam que 317 pessoas viviam no prédio localizado no centro da cidade consumido por um incêndio na madrugada de terça-feira, 1º. Segundo os Bombeiros, 75 homens e mulheres da equipe de resgate trabalham para tentar salvar alguém com vida dos escombros.
O major Schroeder afirmou que os agentes estão usando equipamentos menores como britadeiras para retirar as estruturas e só 48 horas após a tragédia, quando a chance de encontrar alguém com vida é quase nula, eles passarão a usar máquinas pesadas como retroescavadeiras.
Além de Ricardo, moradores da ocupação disseram que uma mulher chamada Selma não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos gêmeos de oito anos de idade.
"Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair", contou o desempregado Cosme Aleixo da Silva, de 54 anos.