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Vitórias apertadas no Congresso mantêm Planalto em alerta

Vitórias apertadas que mantiveram os vetos presidenciais e o grande número de defecções na base acenderam a luz amarela no Palácio do Planalto


	Palácio do Planalto: nos dois vetos mais importantes que o governo precisava manter as margens foram apertadas
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Palácio do Planalto: nos dois vetos mais importantes que o governo precisava manter as margens foram apertadas (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 20h38.

Brasília - As vitórias apertadas nas sessões do Congresso que mantiveram os vetos presidenciais e o grande número de defecções na base acenderam a luz amarela no Palácio do Planalto, e o governo evitou comemorar os resultados positivos, apesar de considerar que foram sinais de uma recomposição inicial da base, informaram à Reuters dois auxiliares palacianos.

Nos dois vetos mais importantes que o governo precisava manter --o aumento dos servidores do Judiciário e uma medida que estendia a todos os aposentados a política de reajuste do salário mínimo-- as margens foram apertadas, e o governo perdeu uma parte considerável dos parlamentares da base.  

As defecções aconteceram até mesmo no PT, o partido da presidente, que teve 9 de 53 deputados presentes votando pela derrubada do veto do reajuste do Judiciário na terça-feira, além de três abstenções, e seis mais três abstenções na apreciação do veto ao reajuste dos aposentados.

No PMDB, que foi o partido que mais saiu ganhando na reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff, com sete ministérios, quase metade dos deputados votou pela derrubada do veto do reajuste do Judiciário.

A avaliação do Planalto é de que a base ainda não está consolidada, apesar do trabalho iniciado há cerca de um mês pelos ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, Jaques Wagner.

A troca dos titulares das pastas melhorou a relação com o Congresso e destravou alguns pedidos e nomeações dos parlamentares, mas não conseguiu ainda pacificar completamente a base.

Agora, o Planalto mantém o trabalho com a base para tentar apaziguar deputados ainda insatisfeitos. Pela frente vêm a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 e a Proposta de Emenda Constitucional da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que irá precisar de 308 votos na Câmara para ser aprovada, em duas votações.

A alta defecção desta semana, no entanto, era esperada.

Na tarde de terça-feira, Berzoini reuniu os líderes da Câmara e pediu uma estimativa de quantos votos eles conseguiriam entregar na sessão dos vetos, contou à Reuters um dos auxiliares palaciano.

A estimativa foi bastante precisa, então o Planalto tinha uma boa noção do que a votação seria apertada.

Ainda assim, avaliou que era possível vencer e preferiu tocar a sessão – especialmente porque, se a Câmara derrubasse o veto, era possível apelar para o Senado.

Para um veto cair é necessário que as duas Casas o derrubem, mas como a Câmara manteve nem foi necessário que os senadores votassem.

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