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Violência suspende aula em escolas na zona norte do Rio

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as aulas foram suspensas "por conta de violência no entorno"


	Sala de aula vazia: além dos estudantes da rede municipal, mais de 400 crianças e adolescentes da ONG Uerê também ficaram sem aulas
 (Stock.xchng)

Sala de aula vazia: além dos estudantes da rede municipal, mais de 400 crianças e adolescentes da ONG Uerê também ficaram sem aulas (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 15h27.

Rio - Mais de 2 mil alunos de três escolas no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, estão sem aulas nesta quarta-feira, 30, embora a greve dos professores na rede municipal tenha terminado na última segunda-feira, 28.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as aulas foram suspensas "por conta de violência no entorno". O 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança do local, informou que não houve operações na comunidade nesta quarta.

Além dos estudantes da rede municipal, mais de 400 crianças e adolescentes da ONG Uerê, que atende alunos com dificuldades de aprendizado causadas por traumas pela violência local, também ficaram sem aulas.

De acordo com a coordenadora da ONG, Yvonne Bezerra de Mello, houve um tiroteio por volta das 7h, horário de entrada dos alunos nas escolas, e as aulas foram suspensas. Na semana passada, os estudantes ficaram três dias sem aula por causa da violência. "Estamos vivendo nessa situação de violência insuportável desde o início do ano", afirmou Yvonne.

Em nota, o 22º BPM informou que "as operações são planejadas sempre com base em informações do Serviço de Inteligência" em horários que não coincidam com turnos escolares. A última ação oficial da PM no complexo da Maré ocorreu em 25 de outubro, mas as operações não têm periodicidade estabelecida.

Na única escola da rede estadual na Maré, o Ciep Professor César Pernetta, os 1.118 estudantes estão tendo aulas normalmente. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o 22º BPM faz monitoramentos constantes na região.

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