Policial prende um manifestante durante um protesto contra a Copa, em São Paulo (Marco Bello/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2014 às 17h04.
São Paulo - Momentos antes da abertura da Copa do Mundo de 2014, os confrontos entre manifestantes e PM ocorridos em São Paulo e no Rio de Janeiro impactaram o mundo, segundo a cobertura da mídia internacional.
O jornal britântico The Telegraph destacou a resposta da polícia aos protestos com bombas de gás lacrimogêneo, granadas de efeito moral e balas de borracha, que acertaram não só os 100 ativistas no local, mas feriram também jornalistas que estavam a trabalho.
De acordo com a CNN, a repórter Shasta Darlington e a produtora Barbara Arvanitidis, ambas da equipe do canal, ficaram feridas durante manifestação no Tatuapé, bairro da Zona Leste de São Paulo.
Já o Mail Online destacou que a estreia do mundial ficará marcada pelo caos com passeatas em diferentes cidades. A presença de helicópteros militares interrompendo o clima de festa dos torcedores na região do Itaquerão, estádio que recebe a primeira partida, não passou em branco. O veículo também mostrou vídeos e imagens do confronto.
De acordo com a Bloomberg, a convivência entre a convulsão social e a celebração do futebol reflete os sentimentos conflitantes dos brasileiros a respeito do torneio. Em reportagem, o veículo ressaltou a proximidade entre as manifestações no Rio de Janeiro e a Fan Fest da FIFA em Copacabana.
Em um vídeo de 40 segundos, um correspondente da BBC acompanhou de perto os conflitos em São Paulo e registrou as explosões das bombas de gás lacrimogênio. A rede relembrou que novas manifestações no país estão marcadas até o final da competição.
A motivação dos ativistas, que reclamaram dos gastos governamentais de mais de 11 bilhões de dólares para receber o mundial, recebeu destaque na Deustche Welle.
A Associated Press contrapôs, no entanto, que as manifestações nos últimos meses empalideceram em comparação às de 2013, com adesão estimada de um milhão de pessoas no país inteiro.