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Vice-presidente do Senado pede demissão de Parente da Petrobras

Cunha Lima declarou que "um governo minimamente sólido" já o teria demitido

Pedro Parente: vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima, pediu a demissão do presidente da Petrobras (Sergio Moraes/Reuters)

Pedro Parente: vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima, pediu a demissão do presidente da Petrobras (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2018 às 14h45.

Brasília - O vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pediu nesta quinta-feira, 24, a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Em entrevista ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o tucano criticou o que chamou de "arrogância" de Parente por não aceitar rediscutir a política de preços dos combustíveis. Cunha Lima declarou que "um governo minimamente sólido" já o teria demitido.

"Se o Pedro Parente não aceitar rever a política de reajuste, que ele saia da Petrobras ou o presidente da República exerça o mínimo de autoridade. Um governo minimamente sólido já o teria demitido. Com todo respeito a ele, a Petrobras não é maior do que o Brasil, nem o Pedro Parente é maior do que a Petrobras. Tem uma inversão completa. Parece que as pessoas não percebem que a atitude dele está provocando o caos no Brasil", disse.

O governo negocia, desde o início da semana, alternativas para reduzir o preço do óleo diesel. Caminhoneiros em todo o País estão parados nas estradas, o que já tem afetado o abastecimento em supermercados e postos de combustíveis.

Na quarta-feira, a Petrobras anunciou a redução de 10%, por 15 dias, no preço do diesel, o que seria um prazo para o governo e caminhoneiros concluírem as negociações.

Na Câmara, o projeto da reoneração da folha de pagamento de setores produtivos foi aprovado na quarta-feira, incluindo isenção ao óleo diesel das alíquotas de PIS e Cofins até 31 de dezembro de 2018. A matéria ainda precisa passar pelo Senado.

O presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta quinta-feira que ainda não recebeu "nada" do projeto e evitou responder quando será possível pautá-lo.

Os caminhoneiros alegam que a decisão da Petrobras não resolve o problema e que só vai cessar a greve quando as outras medidas prometidas forem sancionadas e publicadas no Diário Oficial da União.

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