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Vice de Bolsonaro, general Mourão vota em Brasília

O candidato a vice considera que a vitória da chapa, seja neste domingo ou no segundo turno, vai ser positiva

Vice de Bolsonaro: "Como diz a infantaria, o que vier, nós traça", disse (Adriano Machado/Reuters)

Vice de Bolsonaro: "Como diz a infantaria, o que vier, nós traça", disse (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 10h36.

Brasília - O candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB), afirmou neste domingo que a chance de a coligação vencer a corrida ao Palácio do Planalto no primeiro turno é de 40 por cento, mas destacou que a campanha não se frustrará se a vitória não ocorrer agora.

"Temos uma grande possibilidade, mas as últimas avaliações são que teria 40 por cento de chances de ganhar no primeiro turno, então não é algo certo, né?", disse o candidato a vice, em entrevista logo após votar em uma escola localizada no Setor Militar Urbano de Brasília.

"Não, não (frustração por não vencer no primeiro turno). Em absoluto. Seria muito bom se ocorresse, mas se não ocorrer faz parte do processo. O pessoal tem que se decidir mais ainda", afirmou.

O candidato a vice considera que a vitória da chapa, seja neste domingo ou no segundo turno, vai ser positiva. Ele ressalvou que uma vitória logo seria "bom porque a gente teria mais três semanas para preparar o que temos para preparar".

Questionado se um segundo turno não seria melhor para o debate de ideias, ele respondeu: "Se cair nesse nível, acharia ótimo porque não houve um debate de ideias para valer nesse primeiro turno". Ele reforçou que isso pode ocorrer mesmo contra o PT.

Ao contrário de Bolsonaro, que tem dado várias declarações colocando em xeque a segurança das urnas eletrônicas, o candidato a vice também destacou a lisura do processo de votação. "Se a gente não acreditasse na lisura do sistema, não estaríamos participando", disse.

O candidato a vice não quis comentar na entrevista após votar a fala da véspera, concedida no Aeroporto de Brasília, em que falou de "branqueamento da raça" ao chamar o neto de "um cara bonito". Nesta manhã ele limitou-se a dizer: "Sem comentários".

O candidato a vice repetiu a fala de que não tem preferência por concorrente na disputa de segundo turno -- as pesquisas apontam que deve ser contra o petista Fernando Haddad. "Como diz a infantaria, o que vier, nós traça", disse.

Mourão afirmou que a chapa já está vendo apoios políticos para um segundo turno. "Esa é uma questão que está sendo tratada pelo próprio deputado Bolsonaro e a imprensa tem publicado já aí varias parlamentares de diferentes bancadas", disse.

Perguntado sobre composição de governo, o colega de chapa de Bolsonaro disse que tem que perguntar para o presidenciável. "Tem que perguntar para ele, sou um zero dois, zero dois só acompanha e assessora", disse.

O candidato a vice, que disse que viaja para o Rio de Janeiro nesta tarde para acompanhar o resultado da votação ao lado de Bolsonaro, elogiou a recuperação do cabeça de chapa -- que sofreu um atentado à faca.

"Está muito bem, feito essas lives, lógico que não pode falar mais de 15, 20 minutos por causa do problema, mas acho que mais uns 10 dias vai estar em condições de participar mais da campanha", disse.

Mourão afirmou que vai depender de Bolsonaro uma eventual participação em debates no segundo turno, mas destacou que uma campanha de rua ele acha "difícil".

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