SP: o Legislativo deverá manter duas CPIs abertas, e não faltam temas candidatos à alvo de investigações (Câmara Municipal de SP/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 21h12.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 21h20.
A Câmara Municipal de São Paulo volta em meio a uma corrida entre governo e oposição para preencher a lista de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que serão abertas neste ano.
O Legislativo deverá manter duas CPIs abertas, e não faltam temas candidatos à alvo de investigações.
O governo tem duas prioridades: um a CPI para investigar os grandes devedores de impostos da cidade e outra para abrir a suposta "caixa preta" da Usina de Asfalto da Prefeitura.
No caso da primeira, a articulação vem sendo feita pelo próprio presidente da Câmara, Milton Leite (DEM).
"É um pedido que vem do governo, uma CPI dos grandes devedores", diz o líder de João Doria (PSDB) na Câmara, o também tucano Aurélio Nomura. É uma saída que vem sendo ventilada por Leite desde antes de o atual governo tomar posse: ao achar formas de conseguir que esses grandes devedores -bancos, na maioria- paguem seus impostos, a arrecadação municipal poderá subir, aliviando o buraco criado pela equipe de Doria ao decidir manter congelada a tarifa de ônibus.
No caso da Usina de Asfalto, a investigações seria sobre uma série de suspeitas de falhas em contratos de material e serviços. "Ainda precisamos nos debruçar sobre essas denúncias", diz Nomura.
Já o PT pretende levar para o Legislativo a questão do aumento de velocidade nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, ocorrida no último dia 25 após uma decisão contrária sobre a mudança emitida de forma liminar pela Justiça e derrubada pela Procuradoria Geral do Município.
Líder da oposição, o vereador Antonio Donato (PT) afirma que a investigação é necessária para acompanhar eventuais falhas na divulgação das estatísticas de acidentes e nas causas das choques, colisões e atropelamentos.
"Na semana passada houve uma grande confusão, uma divulgação de dados incorretos por parte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Isso tudo precisa estar bem esclarecido", diz Donato.