Prefeitura de Franca: prefeito é acusado de prorrogar, de forma irregular, contrato com instituto que forneceu "falsos médicos" para pronto-socorros (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2016 às 18h44.
São Paulo - A Comissão Processante instaurada na Câmara Municipal de Franca (SP) para apurar problemas na saúde pública da cidade apresentou na sexta-feira (22), relatório final no qual pede a cassação do mandato do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB).
Para a comissão, Ferreira é culpado por supostos crimes político-administrativos como a prorrogação, que seria irregular, do contrato com o instituto que forneceu "falsos médicos" para os prontos-socorros da cidade. Ele nega.
A sessão para votar o afastamento ainda será marcada. São necessários os votos de 10 dos 15 vereadores, em uma das quatro denúncias formalizadas, para que o prefeito seja cassado de imediato do cargo.
O anúncio do pedido de afastamento ocorre às vésperas da convenção do PSDB, que acontece na cidade neste domingo (24), quando será anunciado o ex-prefeito e conselheiro da Sabesp, Sidnei Rocha (PSDB), como candidato à prefeitura, que em Franca está em poder dos tucanos há 12 anos.
Justiça
Rocha já governou o município por três vezes e responde a uma série de ações na Justiça movidas pelo Ministério Público. Ele alega inocência, mas uma delas - o pagamento de benefícios a secretários, fez seu nome ir parar na relação de "fichas sujas" do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Neste mês o ex-prefeito obteve uma liminar para que o órgão retire seu nome da lista, mas ainda cabe recurso.