São Paulo - As universidades estaduais paulistas - USP, Unicamp e Unesp - preparam um plano conjunto de expansão de vagas na graduação como contrapartida para negociar com o governo do Estado o aumento de repasses de recursos.
Faculdades e departamentos já têm estudado como obter uma oferta maior de vagas sem que haja grandes impactos de custos de contratação e infraestrutura.
As instituições vão insistir na representação que elas têm na pesquisa, ensino e na própria economia do Estado - as três respondem por mais de 50% da produção científica do País, por exemplo.
Mas como explica a presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), Marilza Vieira Cunha Rudge, é preciso oferecer uma "contrapartida" para obter mais recursos.
"Já colocamos os três pró-reitores de Graduação para ver o que as universidades podem aumentar no número de vagas e cursos para oferecer para a população que nos mantém", diz ela, reitora em exercício da Unesp.
Ainda não há um número fechado de vagas que poderão ser criadas. A proposta deve passar pelos colegiados das universidades, mas a ideia é que a expansão valha para 2016. Hoje, as três universidades oferecem 22,2 mil vagas por ano na graduação.
Marilza lembra que o aumento da inclusão, tema pelo qual as estaduais e o governo Geraldo Alckmin (PSDB) têm sido bastante pressionados, depende de recursos.
"Quando houve aumento de arrecadações, as universidades responderam à demanda e criaram mais vagas. Para aumentar agora precisamos de recursos", disse o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge. Segundo ele, já há plano para criar 500 vagas, mas que depende de dinheiro.
Na USP, cinco diretores de unidades confirmaram consultas sobre possibilidades de aumentar vagas. Segundo o diretor da Escola Politécnica, José Roberto Piqueira, o tema é discutido há alguns dias.
"Em alguns cursos, temos totais condições de expandir. Mas temos fator limitante, como o ciclo básico, quando os alunos ficam todos juntos." Procurada, a USP informou que a questão está sendo tratada pelo Cruesp.
A estratégia é parecida com o que aconteceu com a transferência do Hospital de Botucatu, no interior, da Unesp para a Secretaria da Saúde em 2010.
A universidade ficou com as verbas do financiamento do hospital, mas se comprometeu a criar 11 cursos de Engenharia e reforçou oferta de cursos de formação docente.
Recontagem.
As três estaduais vivem uma crise financeira causada pelo comprometimento entre 95% e 105% de seus orçamentos com salários.
Professores, funcionários e alunos entraram em greve em maio, após os reitores decidirem congelar os salários - e adiar até setembro qualquer conversa de reajuste.
As estaduais recebem desde 1989 uma parcela fixa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O plano das universidades não é tentar elevar esse porcentual, hoje em 9,57%, mas mudar o cálculo. O Cruesp quer considerar os juros e multas que envolvem a arrecadação e não só o recolhimento líquido.
Isso representaria cerca de R$ 360 milhões por ano - o orçamento anual das três fica em torno de R$ 10 bilhões. Já os sindicatos de docentes e funcionários pedem que o porcentual chegue a 11,6%.
A Secretaria da Fazenda informou, em nota, que não recebeu proposta formal sobre os repasses de ICMS. A pasta defendeu, porém, que o repasse subiu 32% no período entre 2007 a 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Onde é melhor estudar no Brasil
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1/22 (Cecília Bastos/USP Imagens)
São Paulo - Qual é a melhor
universidade do Brasil? A resposta pode variar de acordo com a área de conhecimento analisada. Pelo menos, é o que mostra levantamento do
QS divulgado esta semana. Dos 23
rankings focados em Brasil, a Universidade de São Paulo (
USP) s aparece na primeira posição em 18. Os outros cinco são dominados pela também paulista Universidade Estadual de Campinas (
Unicamp). Além das
listas que aparecem nesta reportagem, a USP também ficou entre as
50 melhores do mundo na área de Comunicação e Mídia. Neste ranking, a instituição ficou em 46º. Além dela, a UFRJ também aparece na lista na faixa de 151 a 200. Fundação Getúlio Vargas (FGV) e PUC - SP são as únicas instituições privadas que aparecem nos rankings.
* Matéria atualizada no dia 17 de março às 18h20 para correção das tabelas de Ciências da Computação e Matemática. A versão anterior colocava a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) nas duas listas. O correto é Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
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2. Engenharia mecânica, aeronáutica e industrial
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2/22 (Creative Commons/USP Imagens)
Àrea: Engenharia mecânica, aeronáutica e industrial
A
USP ficou entre as 100 melhores do mundo
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3. Engenharia elétrica e eletrônica
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3/22 (Antonio Scarpinetti - Ascom - Unicamp)
Área: Engenharia elétrica e eletrônica A Unicamp e a USP ficaram entre as 100 melhores do mundo na área.
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4. Engenharia Química
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4/22 (Creative Commons/USP Imagens)
Àrea: Engenharia Química
A USP ficou entre as 100 melhores no ranking global.
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5. Contabilidade e Finanças
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5/22 (Marcos Santos)
Área: Contabilidade e Finanças
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6. Economia e Econometria
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6/22 (FGV)
Área: Economia e Econometria A USP e a FGV (foto) ficaram entre as 100 melhores na área.
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7. Medicina
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7/22 (Maxpana3/Wikimedia Commons)
Àrea: Medicina O curso de Medicina da USP está entre os 100 melhores do mundo.
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8. Farmácia e Farmacologia
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8/22 (Marcos Santos/USP Imagens)
Àrea: Farmácia e Farmacologia
A USP ficou entre as 50 melhores do mundo nesta área.
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9. Psicologia
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9/22 (Marcos Santos/USP Imagens)
Àrea: Psicologia A
USP ficou entre as 100 melhores do mundo na área.
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10. Língua inglesa e literatura
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10/22 (Ricardo Amado/Divulgação)
Área: Língua inglesa e literatura
A
USP é a primeira no ranking brasileiro. Entre as 300 melhores do mundo, a instituição ficou na faixa entre 151 e 200. Veja:
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11. História
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11/22 (Creative Commons/USP Imagens)
Área: História A
Unicamp, primeira brasileira nesta área, ficou em 34ª no ranking mundial. A USP (foto), em 50ª.
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12. Linguística
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12/22 (Marcos Santos/USP Imagens)
Área: Linguística
A USP é a única brasileira a aparecer entre as 300 melhores do mundo nesta área.
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13. Filosofia
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13/22 (Antonio Scarpinetti - Ascom - Unicamp)
Área: Filosofia A
UNICAMP lidera o ranking brasileiro e ficou na posição 42 na lista mundial.
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14. Ciências marinhas e da terra
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14/22 (UnB Agência)
Àrea: Ciências marinhas e da terra
A
USP ficou entre as 100 primeiras. A
UnB (foto), entre as 150.
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15. Agricultura e Florestas
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15/22 (Antoninho Perri/ASCOM/Unicamp)
Àrea: Agricultura e florestas A
Unicamp ficou em 22º lugar entre as melhores do mundo nesta área.
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16. Ciências do meio ambiente
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16/22 (Marcos Santos/USP Imagens)
Área: Ciências do meio ambiente
A USP ficou entre as 100 melhores do mundo na área
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17. Geografia
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17/22 (Creative Commons/USP Imagens)
Àrea: Geografia
A
USP ficou em 42º lugar entre as melhores do mundo na área de geografia:
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18. Ciências da Computação e Sistemas da Informação
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18/22 (Antonio Scarpinetti - Ascom - Unicamp)
Área: Ciências da Computação e Sistemas da Informação A Unicamp e a USP ficaram entre as cem melhores do mundo.
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19. Matemática
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19/22 (Wikimedia Commons)
Área: Matemática A
USP ficou em 39º no ranking global da área. A UFRJ (foto), por sua vez, na faixa entre 151 e 200.
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20. Educação
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20/22 (Divulgação)
Área: Educação A USP ficou entre as 100 melhores e a URFGS (foto), entre as 200.
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21. Estatística e pesquisa operacional
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21/22 (Divulgação/Facebook/Lucas Braga)
Área: Estatística e pesquisa operacional A
USP ficou em 45º no ranking global.
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22. Agora, veja os melhores mestrados e doutorados
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22/22 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)