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Venezuela repudia declarações "descaradas" de Serra

Ministro afirmou que o governo de Michel Temer tem preocupação com a "multiplicação recente de detenções arbitrárias" no país caribenho


	José Serra: ministro afirmou que o governo de Michel Temer tem preocupação com a "multiplicação recente de detenções arbitrárias" no país caribenho
 (Henry Romero / Reuters)

José Serra: ministro afirmou que o governo de Michel Temer tem preocupação com a "multiplicação recente de detenções arbitrárias" no país caribenho (Henry Romero / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 21h06.

Caracas - O governo da Venezuela afirmou nesta terça-feira que repudia as "descaradas e imorais" declarações do ministro das Relações Exteriores, José Serra, que hoje afirmou que o governo de Michel Temer tem preocupação com a "multiplicação recente de detenções arbitrárias" no país caribenho.

"A República Bolivariana da Venezuela repudia as descaradas e imorais declarações do chanceler de fato @joseserra", escreveu a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter.

A chanceler acrescentou, na mesma rede social, que o "governo de fato do Brasil, produto de um golpe parlamentar, violentou a ordem democrática nesta irmã nação sul-americana".

As declarações de Serra foram citadas em comunicado do Itamaraty no qual se afirma que essas detenções ocorreram "à revelia do processo legal e em um claro desrespeito a liberdades e garantias fundamentais".

"Esse é um desdobramento que dificulta ainda mais o diálogo entre governo e oposição, indispensável para a superação da dramática crise política, econômica, social e humanitária que afeta a Venezuela", destacou o comunicado oficial.

Além disso, o comunicado fez menção ao caso do jornalista Braulio Jatar, detido no último dia 3 de setembro pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na Ilha Margarita e que foi acusado por um tribunal venezuelano de supostamente incorrer no crime de legitimação de capitais.

O jornalista chileno-venezuelano foi detido junto com outras 30 pessoas um dia depois que o presidente Nicolás Maduro realizou uma visita à comunidade popular de Villa Rosa, na Ilha Margarita, na qual foi recebido com sonoros protestos.

Atualmente apenas Jatar segue detido e foi transferido a uma prisão do estado de Guárico, uma situação que foi criticada pelo governo chileno, que pede sua liberdade.

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