Brasil

Venda de armas caiu 40,6% após Estatuto do Desarmamento

Os cálculos do presidente do Ipea, Marcelo Neri, mostram que, de 2003 para 2009, caiu de 57 mil para 37 mil o número de armas vendidas


	Armas: ao traçar o perfil do comprador de armas no Brasil, o presidente do Ipea apontou que os homens têm oito vezes mais chances de comprar uma arma de fogo do que as mulheres.
 (Ethan Miller / Getty Images)

Armas: ao traçar o perfil do comprador de armas no Brasil, o presidente do Ipea apontou que os homens têm oito vezes mais chances de comprar uma arma de fogo do que as mulheres. (Ethan Miller / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 15h41.

Rio de Janeiro - A venda de armas caiu 40,6% desde que entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento, em 2003. O número foi apresentado nesta segunda-feira (1º) pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri. Ele também ocupa interinamente a função de ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Fundamentados na Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os cálculos de Marcelo Neri mostram que, de 2003 para 2009, caiu de 57 mil para 37 mil o número de armas vendidas. A queda foi maior do que 30% no Sudeste, e superior a 50% no Norte e no Nordeste. Na Região Sul houve aumento nas vendas (21%).

Ao traçar o perfil do comprador de armas no Brasil, o presidente do Ipea apontou que os homens têm oito vezes mais chances de comprar uma arma de fogo do que as mulheres. Outra característica é a idade: homens e mulheres de 20 a 29 anos têm a proporção 172% maior de compra do que a população 20 anos mais velha.

Os analfabetos e os consumidores com até três anos de estudo compram duas vezes mais do que os passaram mais de 12 anos na escola. Pertencer à classe C é outro traço do perfil apontado pelo levantamento. A proporção de compra de armas supera em 7,5% a dos enquadrados nas classe AB e em 103% os da classe E.

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