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Veja quais motoristas têm exame obrigatório a partir de hoje

Exame toxicológico é capaz de detectar substância usadas até três meses antes e passa a ser obrigatório a partir de hoje.


	Camihão trafega por rodovia no Tocantins
 (Divulgação/ CNT)

Camihão trafega por rodovia no Tocantins (Divulgação/ CNT)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de abril de 2015 às 09h48.

São Paulo – A partir desta quinta-feira (30), motoristas com carteira C, D e E serão obrigados a passar por exame toxicológico ao tirarem ou renovarem a carteira. O objetivo é identificar substâncias psicoativas no organismo do condutor.

O alvo da medida são os motoristas de transporte de carga e de passageiros (condutores de veículos com mais de oito lugares). De acordo com o Ministério das Cidades, o uso de substâncias tóxicas é responsável pela maior parte dos acidentes graves nas rodovias brasileiras.

O órgão cita ainda estudos da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que indicam que acidentes com veículos grandes ocorrem principalmente à noite e envolvem condutores suspeitos de terem usado alguma substância psicoativa.

Sancionada pela presidente Dilma Rousseff em março, a Lei do Caminhoneiro aumenta a carga horária limite desses profissionais de 10 para 12 horas diárias. A mudança foi fruto de uma reivindicação dos próprios caminhoneiros, mas pode trazer mais riscos de acidentes. Muitos desses motoristas usam substâncias para se manterem acordados.

Exame

O exame toxicológico será solicitado quando o motorista for tirar a carteira C, D e E, ou quando for renová-la. O preço deve ficar por volta dos R$ 280. A análise poderá ser feita a partir de um fio de cabelo ou pelas unhas, e é capaz de detectar substâncias usadas até três meses antes.

Dentre as drogas que podem ser encontradas pelo teste estão cocaína, crack, merla, maconha e derivados, morfina, heroína, ecstasy, ópio, codeína, anfetamina e metanfetamina (ambas conhecidas como rebite).

De acordo com governo, o fato de uma substância aparecer no exame não é por si só sinônimo de conduta ilegal. É possível que o motorista tenha usado um medicamento que possua elementos detectados pelo exame. Os casos serão avaliados por clínicas credenciadas pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

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