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Veja fotos e vídeos dos protestos #30M contra cortes na Educação

Estudantes levam faixas contra as restrições orçamentárias na pasta e com críticas a medidas adotadas pelo governo Bolsonaro

Protestos: até às 15h, ao menos 64 cidades de 19 estados e do DF tiveram manifestações (Pilar Olivares/Reuters)

Protestos: até às 15h, ao menos 64 cidades de 19 estados e do DF tiveram manifestações (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2019 às 15h36.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às 18h02.

São Paulo — Estudantes de todo o país estão nas ruas nesta quinta-feira (30) em protesto contra o bloqueio de verbas no Ministério da Educação com faixas contra as restrições orçamentárias na pasta e com críticas a medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Não há um balanço consolidado do número de cidades com protestos. De acordo com o G1, até por volta de 16h55, ao menos 82 cidades de 21 estados e do DF tiveram manifestações.

Os atos são realizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE) mas contam com a participação também de sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais.

Rio de Janeiro: protesto contra cortes na Educação

No último dia 15, quando protestos tomaram as ruas do país contra o que o governo chama de contingenciamento na educação, mas os participantes classificavam de cortes, Bolsonaro chamou os manifestantes de "imbecis" e "idiotas úteis", e dias depois admitiu ter exagerado.

O presidente ainda não se pronunciou sobre os protestos desta quinta, mas o MEC divulgou uma nota indicando que nenhuma instituição pública de ensino "tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações".

Capitais como Salvador, São Luís e Teresina realizavam atos contra o bloqueio de verbas na educação. Em outras grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, os atos estavam marcados mais para o final da tarde.

Em São Paulo, a concentração dos manifestantes estava marcada para 17h no Largo da Batata, e não na Avenida Paulista, que abrigou os atos da educação no dia 15 e a favor do governo Bolsonaro no último domingo.

Salvador

Estudantes também se reuniram no centro de Salvador para passeata que saiu do Largo do Campo Grande às 10h40 e chegou à Praça Castro Alves por volta das 12h30. A organização estimou 70 mil pessoas participando do ato na capital baiana e a PM não fez estimativa.

Segundo informe divulgado às 12h30 pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o protesto contra o contingenciamento de verbas da educação deixa o trânsito lento em toda a região central.

Ao divulgar a 5ª Pesquisa Nacional de Perfil dos Graduandos, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmou, em nota, que precisa de recursos para atender satisfatoriamente às demandas estudantis já que, segundo a instituição, o corpo discente é formado por jovens de menor poder aquisitivo, sobretudo mulheres e negros.

A UFBA afirma que, embora o anúncio de contingenciamento feito pelo MEC não atinja diretamente as políticas de assistência estudantil, estas deverão ser “severamente impactada na medida em que o funcionamento geral da universidade fique comprometido”.

Ainda de acordo com a universidade, três de cada quatro alunos matriculados são negros e de baixa renda, mas apenas um deles já teve acesso às políticas assistenciais.

Brasília

Em Brasília, a manifestação começou por volta das 10 horas e reuniu 1,5 mil pessoas segundo a Polícia Militar e dez mil pessoas nas estimativas da organização.

A mobilização começou no meio da manhã em frente ao Museu da República. Ao meio-dia os manifestantes usaram todas as faixas da pista para se deslocar em passeata até o Congresso Nacional e subiram a pista passando em frente ao Ministério da Educação. Por falta de autorização, o carro de som onde estudantes e professores discursavam não pôde acompanhar a marcha.

Além de estudantes e manifestantes ligados à área educacional, também havia grupos manifestando contra a Reforma da Previdência e trabalhadores da área ambiental.

Um grupo vestido de verde com bandeiras da Associação Nacional de Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional) pedia mudanças na política de meio ambiente.

 

Outras cidades

No Acre, centrais sindicais organizaram uma manifestação no centro de Rio Branco por volta das 11h e atraíram público modesto, sem contagem oficial. No Piauí, manifestantes se reuniram no centro de Teresina entre as 8h e 11h30 para protestar contra os cortes. Em Maceió, foram cinco mil manifestantes na contagem da PM e dez mil de acordo com os organizadores.

No Sul, estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começaram as movimentações em Florianópolis logo no início da manhã, em preparação para o ato marcado para 15h. Em Vitória, no Espírito Santo, as manifestações começaram às 14h30.

Em Macapá, estudantes da Universidade Federal do Amapá (Unifap) protestaram contra o contingenciamento de verbas também no início da manhã. A manifestação teve início às 8h e terminou por volta das 13h.

 

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