Chapecoense: o dinheiro arrecadado será enviado para a Chapecoense, que decidirá a melhor maneira de utilizá-lo (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de novembro de 2016 às 17h10.
São Paulo - A tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, gerou comoção nacional e mundial desde a madrugada de terça-feira.
E, além de homenagens e minutos de silêncio, um grupo de pessoas começou a se articular para conseguir arrecadar fundos para ajudar as famílias das vítimas do acidente aéreo.
A iniciativa se trata de uma "vaquinha" online, através da qual é possível fazer doações às vítimas - por meio do aplicativo Abaca$Hi.
Qualquer pessoa pode doar a quantia que desejar. O dinheiro arrecadado será enviado para a Chapecoense, que decidirá a melhor maneira de utilizá-lo. Para contribuir, basta inscrever-se gratuitamente neste site e ajudar com a causa.
A iniciativa vai ao encontro da preocupação que vem permeando declarações e entrevistas de jogadores e dirigentes de futebol nesta quarta quanto à situação financeira dos familiares das vítimas. Muitos dependiam totalmente da renda gerada pelos salários dos jogadores da Chapecoense.
Um dos primeiros a verbalizar esta preocupação foi o diretor de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha. Nesta quarta, ele demonstrou a intenção de compensar a família do jogador Caramelo, que pertencia ao clube paulista, mas estava emprestado à Chapecoense. E fez um apelo para outros times apresentarem iniciativas para ajudar o time catarinense.
"Acionei o departamento jurídico. Quando o atleta falece, o contrato é automaticamente rescindido, você não pode pagar alguém que não existe mais. É uma questão duríssima, mas real. Vamos ver uma forma de manter isso, os clubes querem ajudar, cada um poderia pegar uma família dessa e suprir esses contratos. Isso é melhor do que homenagens midiáticas", declarou.
Ainda na capital paulista, um grupo convoca torcedores dos clubes da cidade para aplaudir a Chapecoense no horário que disputaria a partida contra o Atlético Nacional pela final da Copa Sul-Americana, a partir das 21 horas desta quarta-feira A concentração do ato será em frente ao Masp, na Avenida Paulista.
"Corintiano? Palmeirense? São-paulino? Santista? Lusitano? Seja qual for sua torcida, é mais do que justo fazer uma homenagem ao time que teria nossa torcida no jogo desta quarta e que não pôde disputar sua primeira final internacional. Vamos aplaudir a Chapecoense no horário que disputaria a partida contra o Atlético Nacional. Pode vestir a camisa do seu time, de boa. A gente é capaz de superar as rivalidades em nome de uma causa grande. Vamo, vamo, Chapê", dizem os organizadores.