Brasil

Vamos apresentar uma nova reforma do sistema elétrico ao Congresso, diz Silveira

Silveira afirmou que respeita o Congresso, mas disse que o setor elétrico precisa de um planejamento

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 12h30.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira, 25, que o governo vai apresentar uma nova reforma do sistema elétrico ao Congresso Nacional. Um dos principais tópicos é sobre a revisão dos subsídios.

“Nós vamos apresentar uma nova reforma do setor elétrico ao Congresso Nacional e debatê-la com a sociedade brasileira. É natural cada um defender o seu quinhão, mas energia cara é aquela que não tem, que coloca as vidas das pessoas em risco. Luz também é segurança”, afirmou o ministro, durante participação no CEO Conference, evento organizado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME).

O ministro esteve no painel “Estratégias para Segurança Energética no Brasil”, que também contou com a presença do CEO da Eneva, Lino Cançado, e do CEO da TAG, Gustavo Labanca.

Silveira afirmou que respeita o Congresso, mas disse que o setor elétrico precisa "respeitar minimamente o planejamento" para evitar aumento na conta de luz. Essa não é a primeira vez que o ministro menciona a necessidade de uma reforma do sistema elétrico brasileiro.

"O planejamento aponta para a necessidade da contratação das térmicas que vamos fazer agora. Há uma perspectiva muito positiva para uma grande participação do setor privado nas térmicas novas”, disse.

Enquanto o mundo demandar, o Brasil precisa ofertar, diz Silveira sobre margem equatorial

Em outro momento do evento, Silveira defendeu o potencial de exploração de petróleo na Margem Equatorial, dizendo que a produção do petróleo não deve ser interrompida enquanto houver demanda global.

"Não há de se falar em deixar de produzir combustíveis fósseis, não há de se deixar de produzir petróleo, em especial com uma empresa que nos orgulha tanto, que é a Petrobras, se a questão do petróleo não é uma questão de oferta, é uma questão de demanda. Enquanto o mundo demandar, não vamos ser nós que vamos poder deixar de ofertar", disse.

O Ibama analisa um pedido da Petrobras para perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial, inicialmente para pesquisa. A área está a cerca de 160 quilômetros da costa de Oiapoque (AP) e a 500 km da foz do rio Amazonas.

Segundo técnicos do Ibama, a região possui um regime de correntes, marés, chuvas e ventos diferente das áreas já exploradas no Brasil, o que amplia incertezas sobre possíveis impactos ambientais. No início do mês, o presidente Lula criticou a demora do órgão em conceder a autorização para exploração na região.

O ministro disse que a exploração da Margem Equatorial precisa ocorrer “dentro de uma legislação ambiental que já é extremamente moderna e segura” e que sempre é necessário buscar o "bom senso e o diálogo". Silveira acrescentou que o Brasil não pode ter um custo maior na transição energética devido a pressões externas, especialmente da Europa. 

“Nós não podemos, a despeito de um discurso que parte da Europa faz, pagar ainda mais caro do que já pagamos pela transição energética no Brasil”, disse. 

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaAlexandre Silveira

Mais de Brasil

Fies 2025: convocação da lista de espera será divulgada nesta terça

Governo Lula é bom e ótimo para 28,7% e ruim e péssimo para 44%, diz pesquisa CNT

Brasil terá 1ª vacina 100% nacional contra dengue para pessoas de 2 a 59 anos a partir de 2026

Tarcísio, Alckmin, Nunes, França, Marta e Marçal: Paraná Pesquisas simula cenários para SP em 2026