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Valério citou Lula em depoimento ao MP, segundo a Veja

No depoimento, Valério disse ter detalhes "comprometedores sobre a participação do ex-ministro Antonio Palocci na arrecadação de recursos para o caixa do PT


	O relato de Valério, segundo a publicação, teria sido feito em depoimento ao Ministério Público na tentativa de obter um acordo de delação premiada
 (José Cruz/ABr)

O relato de Valério, segundo a publicação, teria sido feito em depoimento ao Ministério Público na tentativa de obter um acordo de delação premiada (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 17h17.

São Paulo - Reportagem publicada pela revista Veja que chega às bancas esta semana afirma que o empresário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação no esquema do mensalão, teria sido procurado por integrantes do PT, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para negociar com pessoas supostamente envolvidas no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002.

O relato de Valério, segundo a publicação, teria sido feito em depoimento ao Ministério Público na tentativa de obter um acordo de delação premiada, como forma de abrandar sua pena.

No depoimento, Valério dissera ainda ter detalhes "comprometedores sobre a participação do ex-ministro Antonio Palocci na arrecadação de recursos para o caixa do PT", conforme a reportagem, e também informações sobre a origem do R$ 1,7 milhão apreendidos pela Polícia Federal no escândalo do dossiê dos aloprados, durante a campanha eleitoral de 2006.

A respeito do assassinato de Daniel, conforme diz o texto de Veja, Valério fora procurado pelo até então presidente Lula e por Gilberto Carvalho (atual secretário-geral da Presidência), que estariam sofrendo tentativa de extorsão de "figuras ligadas ao crime de Santo André - em especial, o empresário Ronan Maria Pinto, apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura".

A Valério, segundo a Veja, teria sido pedido que desse aos chantagistas o dinheiro que buscavam. Ainda de acordo com a revista, o empresário teria recusado o pedido. "Nisso aí, eu não me meto", teria dito em um encontro com Sílvio Pereira, então secretário-geral do PT, e Ronan. O publicitário alegou que não aceitou "entrar no jogo", mas teria apontado um amigo pessoal de Lula de ter resolvido a questão, "utilizando-se de um banco não citado no esquema do mensalão".

Procurado, o ministro da Secretaria geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse por meio de sua assessoria, que não vai comentar o assunto "de tão ridículo". A avaliação do PT nos bastidores é de que o escândalo está sendo usado para prejudicar o ex-presidente Lula politicamente e que não cabe aos personagens citados no depoimento alimentar essa suposta campanha.

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