Vale: mineradora pagara 400 milhões de reais de indenização a vítimas de Brumadinho (Washington Alves/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2019 às 07h11.
Última atualização em 16 de julho de 2019 às 08h05.
Vale fecha acordo em Brumadinho
A Vale pagará, em 6 de agosto, 400 milhões de reais em dano moral coletivo causado a trabalhadores devido ao rompimento de barragem em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, num acordo com o Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira. O acordo, homologado pela 5ª Vara do Trabalho de Betim, estabelece obrigações que a empresa deverá assumir para reparar os trabalhadores e prevê diversas outras reparações individuais, em danos morais e materiais, além de estabilidade de emprego e benefícios por determinado período. O colapso da estrutura atingiu áreas administrativas da Vale e um refeitório na hora do almoço, soterrando centenas de trabalhadores, no maior acidente de trabalho já registrado no país. Até o momento, foram confirmadas 248 mortes, a grande maioria de funcionários da mineradora.
Prévia do PIB avança 0,54% no mês de maio
O Brasil voltou a crescer no mês de maio após quatro meses seguidos de contração na atividade econômica, aliviando um pouco os temores de que o país entraria em recessão no segundo trimestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,54% em maio na comparação com abril, mostraram dados dessazonalizados divulgado pelo BC nesta segunda-feira, 15. Esse foi o primeiro resultado no azul na comparação mensal desde o início do ano, e depois de o índice abrir o segundo trimestre com contração de 0,3% em abril, em dado revisado pelo BC de queda de 0,47% divulgada antes. Na comparação com maio de 2018, marcado pela greve dos caminhoneiros, o IBC-Br apresentou avanço de 4,40% e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,31%, segundo números observados.
Vigésima queda: para 2019, previsão é de 0,81%
Mesmo com a alta de maio, o mercado fez leves ajustes sobre o PIB anual na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, 15, reduzindo pela 20ª vez seguida a perspectiva para o crescimento econômico. Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, a estimativa de crescimento passou a 0,81%, de 0,82% no levantamento anterior. Para 2020, a conta também foi reduzida em 0,1 ponto percentual, a uma expansão de 2,10%. O movimento ocorre na esteira do corte apresentado pelo governo para a projeção de crescimento da economia este ano a 0,81%, sobre 1,6% anteriormente, chamando atenção para a lentidão da economia em função de choques e com os investimentos em compasso de espera pela reforma da Previdência.
Itaú projeta economia de R$ 865 bi com previdência
Depois de desidratado na comissão especial e no plenário da Câmara, o texto-base da reforma da Previdência deve permitir aos cofres públicos uma economia de 865 bilhões de reais em dez anos, segundo cálculos do banco Itaú. O número é inferior aos 900 bilhões de reais anunciados pelo governo após o término do primeiro turno da votação no plenário da Câmara, na última sexta-feira. Segundo fala do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, esse número ainda será refinado nos próximos dias. A versão original do texto da reforma, enviada pelo governo Bolsonaro em fevereiro ao Congresso, previa uma economia de 1,2 trilhão trilhão de reais em uma década.
Bolsonaro: críticas mostram que Eduardo é “pessoa adequada”
O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou nesta segunda-feira a defender a nomeação do filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos Estados Unidos, mesmo após o anúncio ter sido criticado por aliados políticos e setores da diplomacia, além da oposição. “Por vezes temos que tomar decisões que não agradam a todos. Se está sendo criticado é sinal de que é a pessoa adequada”, disse o presidente em audiência na Câmara dos Deputados. Apesar de Bolsonaro citar que as críticas vieram em grande parte da imprensa, a possível indicação do filho 03 também não foi bem recebida por pessoas próximas ao presidente, como o ideólogo Olavo de Carvalho. Em vídeo publicado no sábado, Olavo disse que a medida representaria um “retrocesso” e a “destruição da carreira” do parlamentar.
Novo vice?
O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira que não vê “problema nenhum” se o presidente Jair Bolsonaro escolher um outro vice para montar uma chapa para tentar a reeleição em 2022. Em entrevista à Reuters, após coletiva de imprensa com jornalistas de veículos estrangeiros, Mourão afirmou que seria “ótimo” fazer parte dessa futura chapa, mas minimizou uma eventual preferência de Bolsonaro por outro nome. “O presidente já manifestou o desejo de reeleição e se ele quiser que eu continue ao lado dele, ótimo, mas se não quiser e precisar de uma outra pessoa para fazer uma composição distinta de chapa, para mim não há problema nenhum. Estou aqui para servir ao Brasil e o governo do presidente”, disse. Bolsonaro já revelou que pode se candidatar à reeleição no próximo pleito e especula-se que ele poderia negociar a vaga de companheiro de chapa com outro partido e com setores evangélicos.
Advogado da União é aposta para “ministro evangélico” do STF
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, disse a jornalistas que o advogado-geral da União, André Mendonça, seria um “um excelente ministro do Supremo“. Um dos nomes mais cotados para preencher a vaga de “ministro evangélico”, Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana em Brasília, servidor de carreira da AGU e possui bom trânsito tanto entre integrantes do Supremo Tribunal Federal quanto entre parlamentares. “O ministro André Mendonça, tenho certeza, assim como é um excelente advogado da União, seria um excelente ministro do Supremo, ou do STJ. Qualquer posição dentro do Estado brasileiro”, disse Oliveira na saída do plenário da Câmara dos Deputados, onde participou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro de sessão solene em homenagem ao aniversário do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro (COpEsp).
Senado pode colocar estados e municípios na Previdência
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) admitiu nesta segunda-feira, 15, que o Senado Federal pode voltar a discutir a inclusão de Estados e municípios na proposta de reforma da Previdência no segundo semestre, quando o texto deve chegar à Casa. Ele afirmou que o “mesmo raciocínio” adotado pelos deputados federais será incorporado pelos senadores em relação ao tema. “Se isso for uma condicionante para o pessoal votar e tiver de ficar de fora, mesmo raciocínio da Câmara: melhor alguma coisa do que arriscar a Previdência toda”, afirmou. De acordo com o senador, os colegas estão interessados em discutir o tema na Casa. “(Estão) Receptivos, até porque são ex-governadores, ex-presidentes já sabem como é que funciona quando o calo aperta, né?”, afirmou. Ele lembrou que, caso alguma mudança seja feita no texto no Senado, a proposta deve retornar à Câmara. “Vamos ver como vão apresentar as emendas, aí a gente vai se posicionar. Mas a ideia é defender a proposta sempre a mais próxima da original possível que foi enviada pelo Paulo Guedes.”
Agricultores italianos se opõem a acordo UE-Mercosul
O setor agrícola italiano se opõe fortemente ao acordo comercial que a Comissão Europeia fez com o grupo de países sul-americanos do Mercosul em junho, disse o ministro italiano da Agricultura, Gian Marco Centinaio, nesta segunda-feira. “Expressamos uma forte preocupação”, disse Centinaio a repórteres em Bruxelas. Ele afirmou acreditar que o governo italiano vai se opor ao acordo, que exige o voto da maioria dos países da UE para ser aprovado. Ele disse que o acordo é como uma “arma apontada para a cabeça” do setor agrícola italiano, já que não oferece garantias. “Haverá uma invasão de produtos”, disse Centinaio, que é um aliado próximo do vice-primeiro-ministro de extrema-direita, Matteo Salvini.
Trump endurece regras para concessão de asilo
O governo dos anunciou nesta segunda-feira que não concederá asilo aos imigrantes que não o solicitarem antes em um “terceiro país seguro”, em uma nova tentativa de reduzir o fluxo migratório na fronteira com o México, procedente principalmente da América Central. “Um estrangeiro que entre ou tente entrar nos EUA através da fronteira sul, depois de não ter solicitado proteção em um terceiro país fora dos seus países de cidadania, nacionalidade ou de última residência legal habitual que tivesse transitado a caminho dos EUA, não está apto para o asilo”, afirma a nova ordem publicada no Registro Federal e que entrará em vigor nesta terça-feira.