Metrô: metroviários são contra a possível concessão das linhas do Metrô de SP (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 14 de agosto de 2023 às 08h17.
Última atualização em 14 de agosto de 2023 às 19h47.
Os metroviários de São Paulo realizam nesta segunda-feira, 14, uma assembleia para definir os detalhes da paralisação convocada para a próxima terça-feira, 15. A reunião será na sede da entidade, no Tatuapé (zona leste), às 18h30. O sindicato afirma o encontro será para “organizar a greve”.
A paralisação é um protesto da categoria contra a suposta decisão do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, de terceirizar a manutenção da Linha 15 do Monotrilho e privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM.
“Tarcísio quer entregar a manutenção da Linha 15 para empresários. Isso é uma aventura, uma irresponsabilidade! Um serviço tão importante não pode ficar nas mãos de empresas que só visam o lucro. Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco! Não podemos permitir! Mas a aventura de Tarcísio é ainda maior e ele quer precarizar os serviços com a entrega de todas das linhas do Metrô e da CPTM. A privatização das Linhas 8 e 9 já mostrou que só os empresários ganharam. Os passageiros são prejudicados constantemente, com atrasos, falhas e graves acidentes.”, afirma a nota publicada no site do sindicato.
Desde junho, os metroviários realizam publicações para pressionar a gestão Tarcísio a rever o plano de concessões de linhas do Metrô.
Em janeiro, logo após a posse, Tarcísio afirmou que tinha planos para privatização das linhas do Metrô. Os estudos de viabilidade da concessão das linhas 1, 2 e 3 para a iniciativa privada devem ser anunciados nos próximos meses.
Em abril, o governador autorizou estudos de concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix.
No ato de convocação da greve, os metroviários informaram que aceitam trabalhar normalmente amanhã, desde que que as catracas sejam liberadas para que os passageiros usem o transporte sem pagar.
“É uma forma de não prejudicar a população e manifestar a luta contra a terceirização e a privatização”, explicou o sindicato.
Até a publicação desta notícia, o governo de São Paulo não se manifestou sobre a provável greve dos metroviários.