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Vagas temporárias e aquecimento da economia causaram queda do desemprego

Gerente da pesquisa do IBGE disse que resultado é normal para o final do ano e destacou aumento de vagas com carteira assinada

Segundo o IBGE, a crise já passou no país (Germando Luders)

Segundo o IBGE, a crise já passou no país (Germando Luders)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 14h23.

Rio de Janeiro - As vagas temporárias abertas pelo comércio neste fim de ano e o aquecimento da economia são os principais responsáveis pela menor taxa de desemprego dos últimos oito anos, de 5,7%, verificada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje (17), entre janeiro e novembro, a geração de postos de trabalho ocorreu nas seis regiões metropolitanas estudadas, com destaque para Porto Alegre e São Paulo, cujas taxas de desemprego foram de 3,7% e 5,5%, respectivamente.

No mês de novembro o Rio de Janeiro se destacou na geração de empregos, com a criação de cerca de 80 mil vagas, principalmente, temporárias. Entre outubro e novembro, a desocupação passou de 5,7% para 4,9%.

"Isso é normal acontecer nesse período de novembro e dezembro em função das festas de fim de ano", explicou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo. "As pessoas recebem o 13º salário, buscam o comércio para as compras de Natal e, consequentemente, consomem mais."

Outro dado detectado pelo IBGE foi o crescimento dos postos de trabalho com carteira assinada no ano, cerca de 850 mil. "Sabemos como o emprego com carteira é positivo em termos de melhores condições de trabalho e renda, contra a informalidade", acrescentou Azeredo.

O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 8,7% em novembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2009. Já de outubro para novembro, a formalidade ficou estável.

De acordo com Cimar Azeredo, nesse ritmo, consegue-se manter a qualidade do emprego em termos de renda e formalidade. Além disso, a desocupação está caindo, atingindo patamares superiores aos verificados antes da crise financeira entre 2008 e 2009.

"Passado o processo de crise, voltamos a crescer igual ou de forma mais acentuada que entre 2007 e 2008. Hoje, olhando os dados da pesquisa do IBGE, a crise virou coisa do passado, visto que o mercado de trabalho cresce e o poder de compra da população está maior", concluiu.

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