O enfermeiro Wilson Paes de Padua (57) recebe a vacina Coronavac. (Rodrigo Paiva/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 20h29.
Última atualização em 18 de janeiro de 2021 às 10h59.
Com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial de uso da Coronavac, o estado de São Paulo inicia a campanha de vacinação contra a covid-19 a partir da segunda-feira, 18. Apenas profissionais de saúde e indígenas participam desta etapa, que terá esquema diferente a partir do dia 25 de janeiro.
Para organizar toda a logística de vacinação, o governo estadual lançou um portal www.vacinaja.sp.gov.br para fazer um pré-cadastro e orientar sobre dias, horários e locais de vacinação. O cadastro não é obrigatório e também não é um agendamento. As equipes de saúde vão utilizar a plataforma para organizar a imunização e evitar aglomerações.
Nesta primeira semana, a vacinação no estado será feita apenas nos Hospitais das Clínicas da capital paulista e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
Os locais vão funcionar 12 horas por dia, das 7h às 19h. Cada profissional de saúde receberá duas doses da vacina do Butantan, com intervalo de 21 dias entre cada aplicação, conforme prevê o Plano Estadual de Imunização (PEI).
A partir do dia 25 de janeiro, o calendário segue outro esquema e é ampliado para 5.200 postos de vacinação já existentes (veja lista). O governo estadual não descarta a possibilidade de abrir novos locais de imunização.
Serão vacinados 1,5 milhão de profissionais da saúde, e depois 7,5 milhões de pessoas acima de 60 anos. Após os trabalhadores da saúde, o calendário vai começar pelos idosos com 75 anos ou mais. A vacina será em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas.
O governo de São Paulo vai enviar a vacina diretamente para os 200 municípios mais populosos, com mais de 30 mil habitantes. Os outros 445 farão retiradas semanais em 25 centros de distribuição espalhados por São Paulo.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 18, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação em todo o país pode começar assim que os municípios receberem as doses. A previsão era começar o plano nacional somente na quarta-feira, 20.
Serão vacinados primeiro os profissionais de saúde, idosos e pessoas com comorbidades. Ainda não há um cronograma detalhado do Ministério da Saúde, mas os governos estaduais e municipais podem criar o calendário próprio.
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo federal distribui o imunizante aos estados, que têm a obrigação de distribuir aos municípios.